Empresários se revezavam para ganhar licitações, diz PF

Fraude foi em torno de R$ 8 milhões.

Priscylla Régia/Alagoas24HorasA coletiva foi concedida na sede da PF

A coletiva foi concedida na sede da PF

Oito mandados de prisão e 16 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em seis municípios alagoanos nesta quinta-feira, 21, durante a Operação Caetés, que apura uma fraude de cerca de R$ 8 milhões em licitações para a merenda escolar. Apenas um dos mandados de prisão expedidos pela 8ª Vara Federal em Arapiraca não foi cumprido, já que o acusado não foi localizado.

As prisões dos sete empresários do ramo de distribuição de alimentos foram feitas em Traipu, Craíbas, Limoeiro de Anadia e Lagoa da Canoa, e os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Maceió e Arapiraca.

Em entrevista coletiva à imprensa, realizada nesta tarde na Superintendência da Polícia Federal em Alagoas, o delegado Maurício Coelho, coordenador da operação, disse que os nomes dos empresários presos não seriam divulgados devido ao sigilo da investigação, mas adiantou que não há prisões de servidores públicos na fraude.

“Os empresários que forneciam alimentos destinados à merenda escolar para administração pública combinavam os preços entre si”, disse o delegado, acrescentando que ainda está sendo investigado se houve ou não participação das prefeituras no esquema onde as mesmas empresas se alternavam entre as vitoriosas nos processos licitatórios.

Os envolvidos responderão por peculato, formação de quadrilha e fraude em licitações. Eles foram submetidos a exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), em Maceió, e estão detidos na Superintendência da PF, no bairro de Jaraguá.

As investigações do Ministério Público Federal (MPF) sobre a fraude ocorrida entre os anos de 2007 e 2009 começaram há cerca de seis meses.

A entrevista coletiva contou também com a participação do superintendente da Polícia Federal em Alagoas, delegado Amaro Vieira, do delegado federal André Costa, do procurador da República em Arapiraca, José Godoy e de Cláudio Vilhena, representante da Controladoria Geral da União (CGU).

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