Autoridades constatam dificuldades encontradas por cadeirantes em Arapiraca

Inspeção foi acompanhada por representantes de diversos setores da esfera pública
Inspeção foi acompanhada por representantes de diversos setores da esfera pública

Na última quarta-feira (8), representantes da Prefeitura, Câmara de Vereadores, Associação dos Deficientes Físicos e Mentais de Arapiraca (Adefima) e do Conselho Regional de Engenharia (Crea) realizaram uma inspeção técnica em vários logradouros públicos da cidade, a fim de constatarem as principais dificuldades encontradas no dia-a-dia de quem possui deficiência motora ou visual.

A inspeção foi solicitada pelo presidente da Associação dos Deficientes Físicos, Adriano Targino, e teve como objetivo fazer com que o poder público avaliasse, in loco, algumas falhas e o que ainda pode ser feito para melhorar a acessibilidade nos logradouros públicos cidade. Recentemente, o líder do governo na Câmara de Vereadores, Daniel Rocha (PTB), propôs a criação de um projeto de acessibilidade para Arapiraca. A proposta teve repercussão positiva e foi bem aceita pela Adefima e pelo Centro de Medicina Física e Reabilitação de Arapiraca (Cemfra).

As visitas técnicas aconteceram no recém-inaugurado Lago da Perucaba e na Praça Ceci Cunha, onde os deficientes apontaram falhas no projeto de acessibilidade, a exemplo da quantidade insuficiente de rampas de acesso e a inclinação inadequada em algumas delas, o que torna difícil o acesso dos cadeirantes. O presidente da entidade, Adriano Targino, mostrou que mesmo com a inclinação adequada, muitas rampas apresentam diferenças com relação ao nível da rua. “Em algumas dessas rampas existem pequenas valas que acabam prendendo as rodas das cadeiras, o que exige um maior preparo físico dos cadeirantes”, disse.

A secretária de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), Caroline Albuquerque, participou da inspeção e garantiu que os técnicos da prefeitura estão definindo um plano de trabalho conjunto, tendo como base os critérios definidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para que os próximos projetos sejam executados no intuito de facilitar a circulação e o acesso de pessoas portadoras de algum tipo de deficiência. “Nosso objetivo é ouvir esse público e fazer os ajustes necessários nestes locais, assim como uma maior adequação aos novos logradouros que serão construídos pela Prefeitura”, disse a secretária, que agendou um novo encontro com o grupo para o próximo dia 15.

Já o cadeirante Ademir de Lima disse que a acessibilidade é algo quase inexistente na cidade. Além dos logradouros públicos, os cadeirantes têm dificuldades para encontrarem um orelhão, um bebedouro e até mesmo um balcão de loja com alturas compatíveis. “Além do esforço físico, muitos equipamentos foram instalados sem pensar em pessoas como a gente”, disse.

O vereador Daniel Rocha, defensor da causa dos deficientes físicos de Arapiraca, sentou numa cadeira de rodas e pôde “sentir na pele” as dificuldades encontradas pelos cadeirantes. “É um esforço físico fora do normal. Um pequeno obstáculo, que para uma pessoa em perfeitas condições físicas, pode ser ultrapassado apenas levantando um dos pés, para um cadeirante pode se transformar num terrível esforço físico”, disse o vereador que completou: “Temos que readequar nossa cidade, que possui mais de 1.500 cadeirantes. Muitos deles estão escondidos, isolados dentro de suas casas, por não terem como sair”, finalizou o vereador.

Fonte: Assessoria

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