Os bancários de Alagoas deram início nesta quinta-feira, dia 24, a uma greve por tempo indeterminado. A mobilização, que atinge a categoria em todo o país, reivindica 10% de reajuste salarial, contra os 4,5% propostos até o momento pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
A entidade patronal, segundo o Sindicato dos Bancários em Alagoas, ainda teria oferecido participação nos lucros inferior a 2008, além de não ter atendido outras reivindicações da pauta. Os bancários ainda reivindicam contratação de pessoal.
Na manhã desta quinta-feira, 24, a diretoria do sindicato visita as várias agências bancárias instaladas na capital, para mobilizar a categoria. Na noite de ontem, uma assembleia referendou a mobilização no Estado. Uma nova assembleia deverá ser realizada às 18h de hoje, na sede do sindicato, para avaliar o primeiro dia de greve.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários, Edmundo Saldanha, apenas o atendimento nos terminais eletrônicos foram mantidos. O sindicato acredita, ainda, que por volta do meio-dia terá uma avaliação do movimento em Alagoas. Questionado se há perigo de desabastecimento nos terminais eletrônicos, Saldanha disse que não acredita que isto ocorra logo nos primeiros dias de paralisação. “Lamentamos que seja necessário suspender os serviços mais uma vez. Infelizmente, essa é a única linguagem que os banqueiros entendem para negociar com seriedade e respeitar os trabalhadores”, acrescenta Edmundo.
Ainda segundo sindicalista, “as cinco principais instituições financeiras (Bradesco, Itaú/Unibanco, Banco do Brasil, Santander e Caixa Econômica Federal) lucraram mais de R$ 14 bilhões no primeiro semestre de 2009, superando segmentos de grande produtividade na economia, como os de petróleo, gás, energia e mineração”.
Apesar da greve ter sido amplamente divulgada na mídia, alguns clientes foram surpreendidos pela paralisação.
Crédito: Flávia Duarte/Alagoas24Horas
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