Morte de Alfredinho pode ser queima de arquivo

Sionelly Leite/Alagoas24horasPromotora Marluce Falcão, do Gecoc

Promotora Marluce Falcão, do Gecoc

Com a morte do policial civil Alfredo Pontes, o Alfredinho, chega a três o número de acusados de envolvimento com a morte do vice-prefeito de Pilar, Gilberto Pereira, o Beto Campanha, assassinados nos últimos 15 dias em Alagoas.

Os dois primeiros foram José Maurílio dos Santos, 41, vulgo "Di Lampião" e o policial militar José Dimas Gonçalves Barbosa, 40 anos, mortos a tiros no último dia 16 de fevereiro, quando chegavam ao Restaurante Pangola, em Arapiraca, onde também foi executado o empresário Orlando Alves Farias, 51.

A Polícia Civil chegou a afirmar que a morte de Di Lampião e Dimas Barbosa não teria relação com o assassinato de Campanha e que as vítimas teriam morrido por estarem acompanhadas do empresário do ramo imobiliário, que seria candidato em uma cidade do sertão alagoano.

Com a morte de Alfredinho, no entanto, as investigações podem ganhar novo rumo, dada a proximidade das mortes, as semelhanças na execução – que leva a crer que se tratam de crimes de pistolagem – além do indiciamento dos três na morte de Beto Campanha.

A promotora Marluce Falcão, que integra o Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) do Ministério Público, está neste momento no local do crime, próximo à Rua Pedro Paulino, acompanhado os primeiros levantamentos da perícia.

Falcão afirmou que não pode afirmar se todos os crimes se tratam de queima de arquivo, uma vez que Alfredinho respondia por outros crimes e teria participado ativamente da conhecida ‘guerra da polícia civil’.

Informações extra-oficiais dão conta que o ex-policial civil teria elaborado um dossiê narrando os principais episódios ocorridos na época da polícia civil, além de crimes recentes no Estado.

Perícia

De acordo com os primeiros levantamentos dos peritos do Instituto de Criminalística, Alfredo Pontes levou o primeiro tiro pelas costas, três na região da escápula. Após cair da moto, a vítima foi alvejada com mais quatro tiros na região da cabeça, sendo um deles no olho esquerdo.

Segundo testemunhas, que não quiseram se identificar, a velocidade com que Alfredinho entrou na Rua Tabajaras chamou a atenção de todos. "Ele entrou em velocidade na rua e vimos que tinham dois homens sem capacete numa moto vermelha atrás dele. De longe eles fizeram três disparos e o rapaz da moto preta [Alfredinho] não conseguiu sair da rua porque agora é fechada. Então a vítima caiu, os assassinos fizeram outros disparos sem descer da moto e fugiram em direção ao Farol", explicou uma das testemunhas.

atualizado às 12h15.

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