O número de homicídios em Arapiraca vem se mantendo estável desde o mês de abril deste ano, segundo esclareceu nesta segunda-feira (21), o delegado Maurício Henrique, que comanda a Diretoria de Polícia Judiciária da Área 2 (DPJ-2), sediada naquela cidade. Foram doze os assassinatos registrados nos meses de abril, maio e junho, conforme as estatísticas divulgadas pela Gerência de Estatística e Análise Criminal, da Diretoria de Estatística e Informática (Deinfo), da Polícia Civil.
Em março, mês em que assumiu o comando da Polícia Civil na região, ocorreram 20 assassinatos – uma média que se mantinha nos meses anteriores. “Havia uma sensação de impunidade e isso incentivava a prática de crimes. Nos últimos meses, apertamos o cerco à criminalidade e trabalhamos com afinco para esclarecer todos os atos ilícitos acontecidos na região, entregando os responsáveis à Justiça”, afirmou.
Maurício Henrique cita alguns casos de repercussão esclarecidos com agilidade pela Polícia Civil no Agreste, entre eles o seqüestro do fazendeiro Sebastião Alves da Costa, 45, com a prisão de Petrúcio de Sousa, José Ailton Guilarindo dos Santos e as irmãs Maria Quitéria de Oliveira Silva e Maria das Graças de Oliveira Lira, numa operação que teve a participação do Tático Integrado de Grupos de Resgates Especiais (Tigre).
Na semana passada, foi presa, no povoado Baixão, em Arapiraca, Rosimeire da Silva Vasconcelos, 24 anos, procurada por fazer parte da quadrilha de seqüestradores. Ela foi detida quando tentava embarcar no ônibus da empresa São Geraldo com destino a São Paulo. Ela é mulher do chefe do grupo criminoso, Wilams Lima Batista, 33, o “Nego Wilams”, preso dias antes junto com Vanderlei Borges da Silva, 32, Manoel da Silva, 22, e Josefa Maria da Conceição, 48, acusado no seqüestro da jovem Renée Adriana, ocorrido no dia 10 de julho, no município de Teotônio Vilela.
Agora, a polícia procura Edmilson e Mano, também acusado de pertencerem ao grupo criminoso, suspeito de participação em outros dois seqüestros ocorridos em Alagoas.
Também, na semana passada, foi presa Eliane Joventino Pereira, 32, acusada de envolvimento no seqüestro do empresário Gaspar Omar Tavares e sua esposa, Marinalva Gusmão da Silva, crime ocorrido no dia 22 de novembro de 2007. Outros dois seqüestradores foram presos em flagrante e estão recolhidos ao sistema prisional do Estado.
Outro caso de repercussão – o assassinato do gerente do posto de combustível Norte Sul, Edler Lira da Silva, 33 anos também foi totalmente esclarecido. O mandante do crime, José César Calixto de Almeida, e os executores – o policial civil Jadielson Santos e o autônomo Sebastião Ananias dos Santos – foram presos.
“Arapiraca sempre aparecerá nos dados estatísticos como cidade com número maior de crimes do que outros municípios, até por ter a segunda maior população do Estado. Por esse mesmo motivo, Maceió sempre será a cidade como maior número de homicídios. Em termos proporcionais, no entanto, podemos dizer que o índice de homicídios em Arapiraca é até menor do que outras cidades nordestinas com número de habitantes semelhante”, disse o delegado.
Ele afirma ainda que a Polícia Civil está trabalhando para reduzir ainda mais a criminalidade em todo o Agreste alagoano, inclusive em Arapiraca.
