Grupo foi preso no Sítio Cabreiras em Marechal Deodoro
A Polícia Civil esclareceu nesta quarta-feira, 23, o assassinato do turista italiano Nicholas Pignataro, que foi seqüestrado e encontrado morto a tiros, na companhia de um ambulante, identificado como Pixote, num terreno baldio da Barra de São Miguel. O duplo homicídio ocorreu em maio deste ano.
A prisão da comerciante Sirlene da Silva, nesta manhã, no Sítio Cabreiras, em Marechal Deodoro, completou o quebra-cabeça e levou ao total esclarecimento do caso, que alcançou repercussão internacional, em virtude de uma das vítimas ser um estrangeiro.
Segundo a Polícia, Sirlene confirmou as informações das testemunhas, que revelaram em depoimento que ela e três traficantes planejaram e executaram Nicolas e seu amigo Pixote. Os outros acusados foram identificados como sendo os irmãos Telmo, Difunto e Nego.
O italiano e o amigo foram assassinados, porque roubaram R$ 3 mil em dinheiro e mais dois mil em crack de um ponto de venda de drogas instalado na residência de Sirlene, que na época era proprietária de um bar na periferia de Marechal Deodoro.
Sirlene revelou hoje à Polícia ter informado aos irmãos traficantes que Nicholas e Pixote tinham praticado o roubo. “Me disseram que não se preocupasse, porque iam resolver o problema, visto que a droga era deles”, declarou a acusada.
Ela confirmou também que as vítimas foram seqüestradas de seu bar pelos primos Alexandre Nunes Ferreira e Flávio Nunes dos Santos, que foram presos por porte ilegal de arma (pistola 380 e revólver 38), quando eram investigados por suspeita de envolvimento no duplo homicídio. Eles estão recolhidos ao sistema prisional do Estado.
No momento da abordagem a Sirlene, os policiais do Tigre, o grupo de operações especiais da PC, encontraram em sua casa uma balança de precisão, R$ 400,00 em dinheiro trocado, além de crack: pedras pequenas, médias e grande.
Os policiais prenderam também a irmã de Sirlene, Sirleide da Silva, a “Negona”, e o esposo dela, José Lopes. Ainda foram presos na operação do Tigre, o ambulante Márcio José Maria de Lima, o “Boi”, e Cícero Victor Basílio, o “Bal”, que confirmaram a versão da amiga traficante.
Cícero Victor Basílio chegou a afirmar que os acusados também queriam matá-lo, por considerar que ele tinha envolvimento no roubo. O grupo que foi preso no Sítio Cabreiras foi autuado em flagrante na Delegacia de Marechal Deodoro. Os irmãos traficantes estão foragidos.
A informação foi fornecida na tarde desta quarta-feira, pelo delegado geral da Polícia Civil, Marcílio Barenco, enfatizando que o objetivo da PC é responder, e com brevidade, todo e qualquer ato criminoso que venha a acontecer em Alagoas, independente de quem quer que seja.
