Teotonio Vilela libera recursos para atender municípios atingidos pela seca

O governador Teotonio Vilela Filho garantiu atenção especial aos municípios alagoanos atingidos pela seca. A promessa foi feita na manhã desta terça-feira, durante sua primeira visita oficial ao povoado de Capelinha, em Ouro Branco, e em reunião com prefeitos das áreas atingidas pela estiagem, na prefeitura de Santana do Ipanema.

A primeira medida tomada por Teotonio Vilela no Sertão foi a liberação emergencial de R$ 100 mil para a distribuição de água por meio de carros-pipa para os quinze municípios alagoanos que tiveram o decreto de situação de emergência já homologado pelo governo do Estado. Destes, apenas Poço das Trincheiras, Mata Grande e Canapi já foram reconhecidos pelo governo federal.

"Precisamos discutir políticas públicas para darmos cidadania mínima e condições de trabalho a essa população tão sofrida com a falta de água. Sempre estive voltado a resolver problemas nessa região. No Senado presidi a Comissão da Seca. Vamos criar um conselho para tratar essas questões a partir de reuniões periódicas. O sertanejo não pode depender apenas de programas sociais como o Bolsa-Escola", afirmou o governador, que garantiu ainda uma maior atenção para a agricultura familiar.

A reunião contou com a presença da maioria dos prefeitos dos municípios atingidos pela estiagem e os secretários estaduais de Agricultura, Alexandre Toledo, e de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jorge Brizeno.

Durante a reunião em Santana do Ipanema, o governador assinou a homologação de mais cinco municípios que deverão ser reconhecidos pela Secretaria Nacional de Defesa Civil para receberem recursos da União. "O governo federal tem recursos para carros-pipa, sementes e cestas básicas, mas é preciso que os prefeitos tomem a iniciativa de elaborar os documentos exigidos para a liberação desses recursos", ressaltou Teotonio Vilela, pedindo a parceria das prefeituras e de ONGs como a Cáritas, que, em parceria com a prefeitura de Ouro Branco, vem implantando cisternas em todas as residências dos povoados.

O governador deixou claro que os prefeitos não devem se acomodar diante dos recursos emergenciais liberados pelo governo estadual. "Alagoas não pode perder um centavo que não seja para canalizar o desenvolvimento. Vamos bancar os carros-pipa apenas nessa fase emergencial. Vou colocar alguém para ’morar’ na Defesa Civil em Brasília, visando acelerar o reconhecimento das cidades", prometeu.

O presidente em exercício da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) e prefeito de Água Branca, Reinaldo Falcão, reforçou que é muito preocupante a situação dos sertanejos, sem água até para o consumo humano e animal. Segundo ele, já vem sendo feito um levantamento para avaliar as verdadeiras condições de cada um deles. Após a liberação dos R$ 100 mil reais do governo estadual, cada uma das cidades prejudicadas pela seca deverá receber de um a dois carros-pipa. "A maioria dos municípios já foi vistoriada, então, não há impedimentos para que essa verba seja liberada, apenas que os prefeitos se mobilizem na elaboração do documento", afirmou Falcão.

A Coordenadoria Estadual Defesa Civil está à disposição das prefeituras, de acordo com o coordenador do órgão, coronel Jadir Ferreira. Ele reconheceu que as prefeituras têm enviado a documentação de forma correta, diferente do que aconteceu em outras épocas. "Estamos acelerando as vistorias. A demora maior é da Secretaria Nacional de Defesa Civil, em Brasília, onde só tem dois técnicos para atender a todo o país. Até a próxima sexta-feira, mais oito municípios serão reconhecidos pelo governo federal, atingindo dez que terão seus recursos liberados. Em nenhum momento vamos cruzar os braços", garantiu.

Visitas

Antes da reunião em Santana do Ipanema, o governador e comitiva visitaram o povoado de Capelinha, em Ouro Branco. Na passagem conheceu de perto a situação de famílias que buscam a sobrevivência sem as mínimas condições. A residência da dona-de-casa, Maria Pastora dos Santos, foi uma das visitadas. O governador percebeu a presença de vários insetos na cisterna de sua casa, causada pela falta de uma tampa. Ela, que tem três filhos, disse que seu esposo traz de outro lugar a água para consumo humano.

O governador pediu ao prefeito Valdeci Ferreira de Assis para fazer um levantamento das necessidades dessas famílias. As cisternas foram construídas com recursos da prefeitura e da Organização Não Governamental (ONG) Cáritas. Segundo Valdeci, cada uma das 98 famílias do povoado de Capelinha possui uma cisterna em casa, com capacidade de 16 mil litros d’água.

Dona Maria da Conceição também recebeu a visita da comitiva. Ela mostrou as condições da água da cisterna e do poço onde é retirada a água para consumo da família. A situação foi verificada pelo governador que juntamente com outras lideranças políticas experimentou a qualidade da água. O prefeito também mostrou as condições da barragem da Capelinha, que, apesar de se encontrar em condições subumanas ainda serve para matar a sede de animais e da população.

Fonte: Agência Alagoas

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