ASA lança em Alagoas programa que discute produção de alimentos no Semi-Árido

O programa Uma Terra e Duas Águas será lançado no próximo dia 13, no município de Senador Rui Palmeira, distante 217 quilômetros de Maceió. Na ocasião, serão apresentados dois tipos de implementações realizadas no estado, a barragem subterrânea e a cisterna adaptada para a roça.

O lançamento está sendo promovido pela Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA), em parceria com a Fundação Banco do Brasil, a Petrobras, e a Rede de Tecnologia Social (RTS).

Os organizadores esperam para o evento cerca de 200 pessoas entre agricultores/as, representantes do Ministério do Desenvolvimento Social(MDS), Petrobras, Fundação Banco do Brasil, Prefeitura Municipal, parceiros e técnicos da ASA devem participar do evento.

Durante o evento acontecerá uma feira de arte e cultura Regional para apresentação de experiências desenvolvidas por entidades componentes da ASA.

Projeto

O principal objetivo do programa é a promoção de segurança alimentar e geração de renda dos agricultores e agricultoras familiares, a partir do acesso e manejo sustentáveis da terra e da água para a produção de alimentos.

Na primeira etapa, chamada de projeto demonstrativo, serão desenvolvidas em 60 municípios de 10 estados (AL, BA, CE, MA, MG, PB, PE, PI, RN, SE), atividades através da sistematização, intercâmbio e implementações de 144 experiências de captação da água para produção agrícola familiar.

Essas experiências são baseadas em quatro tecnologias: tanque de pedra, barragem subterrânea, cisterna, calçadão e barreiro trincheira, que beneficiarão 818 famílias. Já as atividades de formação irão atender 3.074 famílias. Esta fase demonstrativa terá duração de um ano.

Em Alagoas, serão implementadas 10 tecnologias, sendo 6 barragens subterrâneas e 4 cisternas calçadão. Essas experiências beneficiarão 18 famílias de 6 municípios (Piranhas, Santana do Ipanema, Estrela de Alagoas, Palmeira dos Índios, Olho D’Água das Flores, São José da Tapera) no Médio e Alto Sertão do Estado.

Ao contrário das grandes pesquisas científicas para a agricultura, centrada no modelo do agronegócio, a monocultura agroquímica e nos grandes projetos de irrigação, o projeto valoriza o conhecimento popular do/a agricultor/a, que durante anos vem mostrando que é possível conviver com o Semi-Árido, por meio de tecnologias simples, baratas e eficientes.

ASA
A Articulação no Semi-Árido Brasileiro, criada em julho de 1999, é um fórum de organizações da sociedade civil, que atuam em prol do desenvolvimento social, econômico, político e cultural do semi-árido brasileiro.

Atualmente, cerca de 750 entidades dos mais diversos segmentos, como igrejas católicas e evangélicas, ONGs de desenvolvimento e ambientalistas, associações de trabalhadores rurais e urbanos, associações comunitárias, sindicatos, federações de trabalhadores rurais, movimentos sociais e organismos da cooperação internacional públicos e privados fazem parte dessa rede.

Uma das propostas concretas da ASA para a convivência com o Semi-Árido é o Programa Um Milhão e Cisternas Rurais (P1MC), que visa garantir acesso à água para consumo humano (beber e cozinhar) para cinco milhões de pessoas, a partir da construção de um milhão de cisternas de placas. Até o dia 19 de março de 2007, o P1MC construiu 187.778 reservatórios e mobilizou 198.651 famílias.

Fonte: Assessoria

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