Moradores da favela sururu de capote, localizada às margens da Lagoa Mundaú, realizam ato público, às 9h30, em frente ao Palácio Marechal Floriano Peixoto, no centro de Maceió. A manifestação é em protesto pelo direito à alimentação e ao crescimento saudável das crianças da comunidade.
Diagnóstico desenvolvido pela FAO – Organização das Nações Unidas pela Alimentação e Agricultura -, em conjunto com a Ação Brasileira pela Nutrição e Direitos Humanos (ABRANDH), na comunidade Sururu de Capote, detectou que 64% das crianças habitantes da favela estão com o crescimento comprometido e apresentam deficiências de altura e peso.
O mesmo diagnóstico também revelou que 86% das crianças estão contaminadas por verminose. De acordo com Narciso Fernandes, Consultor em Alagoas da FAO no projeto, a manifestação pretende sensibilizar governos e sociedade sobre o cumprimento dos direitos assegurados pela Constituição Federal e os Instrumentos Internacionais de Direitos Humanos.
Durante a realização do diagnóstico de saúde e nutrição na comunidade Sururu de Capote foram realizados exames de fezes e sangue, testes antopométricos em crianças, gestantes e idosos. “Promovemos seis audiências públicas com o Ministério Público na comunidade para discutirmos os problemas de violação dos Direitos Humanos dos moradores, especialmente os direitos econômicos, sociais e culturais e o direito básico à alimentação adequada”, explicou o coordenador.
O projeto desenvolvido pela ABRANDH e FAO em Alagoas conta com recursos da Organização das Nações Unidas (ONU) e tem a coordenação científica da professora Fátima Albuquerque.