Professores poderão portar armas na Tailândia

A decisão faz parte de uma série de medidas destinadas a impedir que profissionais da educação deixem a área por medo.

Muitos professores da região pararam de trabalhar ou pediram transferência para outras partes do país recentemente.

Mais de 700 pessoas, incluindo pelo menos 24 professores, morreram desde janeiro de 2004 em três províncias do sul.

As autoridades tailandesas acusam separatistas muçulmanos e gangues locais de incitar a violência.

Professores são alvos freqüentes porque são vistos como símbolos das autoridades budistas da Tailândia.

A maioria da população tailandesa é budista. Os muçulmanos, que se concentram no sul do país, costumam se queixar de discriminação e da falta de oportunidades – um ressentimento que ocasionalmente leva a choques com as autoridades.

Autorização

"Demos direitos especiais a professores para que eles possam portar armas", disse hoje o vice-ministro da Educação, Rung Kaewdaeng. Segundo ele, cerca de 2 mil professores já pediram armas.

"Eles precisam de armas. Isso agora é uma necessidade já que muitas pessoas sobreviveram a ataques depois que atiraram contra os rebeldes", afirmou Rung à agência de notícias AFP.

Eles receberão armas baratas ou usadas e coletes à prova de balas, disse ele.

Nas áreas mais violentas do sul do país, os professores já são escoltados para as escolas em que trabalham.

O ministro da Educação, Adisai Bodharamik, admitiu que os professores "estão com medo e desmoralizados".

"Se eles quiserem ser transferidos, não podemos pará-los."

Ele disse que já pediu a aprovação da transferência de mais de 2,7 mil professores. Eles serão substituídos por voluntários.

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