Desemprego aumenta procura por concursos públicos

Carteira assinada, vínculo e estabilidade empregatícia são os maiores atrativos para concorrer aos cargos preenchidos por concursos públicos. Outro forte argumento é o dado revelador do Sistema Nacional de Emprego de Alagoas (SINE). O cadastro de janeiro a maio deste ano mostra que mais de 12 mil desempregados se inscreveram no programa, mas somente 7,4% conseguiram entrar no mercado de trabalho.

No domingo, 10, serão realizadas as provas referentes aos cargos de nível médio e fundamental do concurso público da Secretaria Executiva de Educação (SEE). As provas para o Ensino Superior foram aplicadas no último domingo e mobilizaram mais de 18 mil candidatos em todo o Estado.

O concurso ofereceu 6.523 vagas e obteve 72.762 inscrições. A próxima etapa acontece neste domingo (10), quando mais de 50 mil candidatos participam da seleção para cargos de fotógrafo, merendeira, vigia, agente administrativo e técnico em edificações, eletrônica, estatística, multimeios didáticos e eletricidade.

Concurso da Ceal

Outro processo seletivo, ocorrido no último mês, movimentando milhares de pessoas foi o concurso da Companhia Energética de Alagoas, Ceal. Para a seleção, inscreveram-se 18.917 pessoas que concorreram a vagas num cadastro de reservas. Nenhuma vaga foi oferecida no edital. As provas foram aplicadas no dia 19 de junho e o resultado, com informações sobre a ordem de classificação de cada candidato, estará disponível a partir de 11 de julho no site da Fundação Carlos Chagas, empresa responsável pela elaboração das provas e organização do concurso.

Mesmo sem a perspectiva de vagas, o edital da Ceal atraiu Lúcia e Laiane dos Santos, mãe e filha, a participarem da seleção. O principal motivo para se inscreverem em cargos que exigiam apenas o Ensino Médio foi estabilidade empregatícia. Laiane dos Santos, 19, é formada em Turismo e cursa Administração de Empresas na Universidade Federal de Alagoas. Ainda sem ter conseguido trabalhar com carteira assinada, a estudante se preocupa com o futuro. “O concurso é uma possibilidade de ter renda fixa, já participei de cinco e quando faço a inscrição não penso no cargo, prefiro fazer para os menos concorridos”, afirma.

Lúcia dos Santos, 44, é formada em Administração de Empresas e está empregada, depois que foi aprovada para um concurso que exigia apenas o nível médio. Entre os motivos que a levam a participar das seleções, estão a busca por um cargo melhor e a dificuldade de conseguir um emprego. “Quanto maior a idade, mais difícil é permanecer no mercado de trabalho”, explica.

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