Superintendente do INSS diz que auditores presos tentam criar tumulto para desviar investigações

O superintendente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no Rio, André Ilha, negou a existência de um suposto esquema de fraude por parte do instituto para beneficiar empresas vinculadas à Federação de Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

Na segunda, 11, a TV Globo veiculou reportagem em que mostrava que uma investigação em curso no Ministério Público Federal sobre fraudes na Previdência Social encontrou informações sobre um suposto esquema de corrupção envolvendo a Firjan, o INSS e o Partido dos Trabalhadores.

Segundo a reportagem, o MP tem em seu poder a gravação de uma conversa telefônica entre a fiscal do INSS Maria Auxiliadora de Vasconcelos, presa por suspeita de fraudes em maio deste ano, e uma outra fiscal. Na gravação, as duas falam sobre um suposto esquema capitaneado pela Firjan para livrar empresas do estado do Rio da fiscalização da Previdência Social, em troca de propina para o PT.

André Ilha disse que não sabe por que a auditora teria feito as acusações, mas acredita que possa ter sido uma represália pelas investigações do instituto que descobriram irregularidades em suas auditorias. Segundo ele, a auditora poderia ter desconfiado que a sua conversa estaria sendo gravada.

"Tanto ela como outros auditores fiscais estão encrencados na Justiça por conta de fiscalizações em que eles não apuraram o débito que deveriam no instituto. Então, essas pessoas acabam buscando tumultuar o ambiente para, de alguma forma, tirar o foco das atenções sobre si. Tanto eu como outros auditores atacados por eles temos um histórico de combate a essas irregularidades", disse.

Na gravação, a auditora presa diz ter falado sobre o suposto esquema com o então ministro da Previdência, Amir Lando. De acordo com nota divulgada pelo gabinete do senador Lando, " não é de conhecimento do ex-ministro Amir Lando qualquer ‘contrato’ para impedir a fiscalização previdenciária no Rio de Janeiro, envolvendo o INSS e a Firjan" e "em nenhum momento foi entregue ao então ministro dossiê ou documentos que denunciassem esquema de coleta de fundos partidários, ou sobre quaisquer outros temas abordados nas matérias veiculadas pela imprensa".

Fonte: Agência Brasil

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