Os bancários definiram em 11,77% o índice de reajuste salarial pretendido para este ano. A categoria tem data-base em 1º de setembro. A proposta foi aprovada na tarde de hoje (31), durante a 7ª Conferência Nacional dos Bancários. A reivindicação deverá ser encaminhada à Federação Brasileira de Bancos (Fenaban) no dia 11 de agosto. Antes disso, ela será submetida a votação nas assembléias dos bancários em todo o país.
O índice de 11,77% é composto pela reposição da inflação de 5,69%, projetada pelo Dieese com base no Índice de Custo de Vida (ICV) para o período 1º de setembro 2004 a 31 de agosto 2005, mais aumento real de saláriois de 5,75%. No ano passado, a categoria recebeu reajuste salarial que variou entre 8,5% a 12,77% no piso – a inflação foi de 6,4%.
Os bancários também definiram uma nova proposta de Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Neste caso, a reivindicação inclui o pagamento de um salário, mais valor fixo de R$ 788,00 (os R$ 705,00 do ano passado corrigidos pelo índice de 11,77%), além de 5% do lucro líquido distribuídos de forma linear entre os funcionários.
Até o ano passado, a PLR paga aos bancários era composta de 80% do salário e R$ 705,00 fixos. Pela regra da convenção coletiva de trabalho, os bancos devem gastar com PLR entre 5% e 15% do seu lucro. No entanto, de acordo com o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, nos últimos anos as instituições financeiras gastaram menos de 5% em média. Esse percentual já chegou a 12%.
O presidente da entidade, Luiz Cláudio Marcolino afirma que os lucros dos bancos aumentaram muito nos últimos anos, enquanto o número de funcionários caiu, tornando a distribuição dos lucros cada vez mais injusta.
A Conferência também estabeleceu que a Campanha Nacional dos Bancários será feita em mesa única de negociação para bancos públicos e privados, com debates em paralelo das questões específicas. No Brasil, a categoria reúne 400 mil trabalhadores
