Ex-mulher de Dirceu confirma que recebeu ajuda de Valério: "Fui usada"

"Até recentemente, antes da crise em curso, acreditava que o sr. Marcos Valério era amigo de amigos e disposto a ser solidário, como muitos que conheci no ambiente petista. Agora me dou conta que fui usada por este senhor, que tinha interesses próprios e provavelmente visava comprometer o ex-ministro José Dirceu", afirma Maria Angela.

"Em nenhum momento meu ex-marido interferiu ou teve conhecimento das minúcias da compra do imóvel. Os encaminhamentos que adotei são de minha inteira responsabilidade e foram conduzidos da maneira autônoma pela qual sempre geri minha vida. Ontem à noite, quando relatei a José Dirceu os detalhes desta situação, o fiz com muita tristeza e consternação, pois tenho consciência que posso ter sido um instrumento para abalar sua imagem pública", completou.

A informação de que a ex-mulher de Dirceu foi empregada do BMG, um dos credores do PT, foi divulgada na edição desta segunda-feira do jornal "Estado de Minas". Segundo o jornal, o próprio Valério contou a interlocutores sobre a ligação entre Ângela e o BMG. O jornal também noticiou um empréstimo tomado por Ângela no Banco Rural.

O Banco Rural confirmou ter feito um financiamento de 42 mil reais a Ângela, em 36 meses, utilizado na aquisição de um imóvel de 110 metros quadrados no bairro do Sumaré. O empréstimo, segundo o banco, está com todas as prestações em dia e foi realizado dentro dos padrões habituais do Sistema Financeiro da Habitação.

O BMG foi o primeiro banco a obter autorização para fazer empréstimos a aposentados do INSS, com desconto na fonte pagadora. O Rural tentou, sem êxito, autorização do governo para criar o Banco do Trabalhador, em parceria com a Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Valério disse à CPI dos Correios ter participado de encontros de José Dirceu, então ministro, com dirigentes dos dois bancos, mas ressalvou que oficialmente eram outros os temas dos encontros.

Fonte: Último Segundo

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