Comissão internacional da OMS avalia programas alagoanos de combate à Filariose

Coordenadores e pesquisadores das Organizaçãões Pan-Americana de Saúde e Mundial de Saúde (OPAS/OMS) participam hoje, em Maceió, de um encontro com um grupo de pesquisadores e técnicos da Ufal e Secretaria de Saúde de Maceió (SMS). Durante a reunião, serão avaliados os dois programas desenvolvidos na capital nas áreas endêmicas de Filariose linfática, também conhecida como Elefantíase.

As reuniões de avaliação acontecem no salão nobre do Centro de Ciências Biológicas (CCBI/UFAL), localizado na Praça da Faculdade, no bairro do Prado.

Os programas avaliados são de ‘Eliminação da Filariose linfática’ e ‘Intervenção piloto integrada com a comunidade’, iniciativas que visam a prevenção e o controle de Geohelmintoses e Esquistossomose em áreas endêmicas.

O Programa de Eliminação da Filariose linfática em Maceió vem sendo desenvolvido, desde 1999, pela SMS e pela universidade federal, a partir de uma pesquisa realizada na década de 1990 e coordenada pelos Professores da Ufal Gilberto Fontes e Eliana Rocha.

Há alguns anos, o programa é acompanhado de perto por técnicos do Ministério da Saúde e da OPAS/OMS, visando à eliminação desta enfermidade no Brasil e nas Américas.

Comissão internacional

Participam da comissão internacional para análise dos programas de pesquisa e controle da Filariose em Maceió, os seguintes profissionais: John Ehrenberg, chefe da Unidade de Doenças Transmissíveis, área de prevenção e controle de Doenças da OPAS/OMS, Washington, EUA; Steven Ault, secretário do Programa de Eliminação da Filariose linfática nas Américas e consultor em Doenças Infecciosas e Parasitárias da OPAS/OMS, Washington, EUA; Celsa C. Sampson, coordenadora de Enfermidades, Escritório Regional da OPAS/OMS, Brasília; Carlos Wilson de Andrade Filho, comunicador social do Escritório Regional da OPAS/OMS, Brasília; João Batista F. Vieira e Helen Freitas, do Ministério da Saúde e Secretaria de Vigilância em Saúde.

Áreas de foco

Segundo Gilberto Fontes, o foco de transmissão da doença em Maceió é a área do canal do Reginaldo e adjacências. De acordo o pesquisador, com esses anos de trabalho já é possível constatar que o problema está bem próximo da eliminação. “Só para se ter uma idéia, a prevalência da Filariose, que era de 5,8% em 1995, foi reduzida drasticamente. Em 2004, de 6.710 indivíduos examinados na área endêmica, apenas quatro eram positivos (0,06%)”, explica Fontes.

Em 2005, até o momento, de 5.177 exames realizados na antiga área endêmica de Maceió, nenhum indivíduo foi detectado parasitado. “Isso mostra como Maceió está perto da eliminação de uma enfermidade tão severa como a Filariose linfática”, afirmou.

Um segundo projeto-piloto também desenvolvido no Vale do Reginaldo, há dois anos, pela mesma equipe da Ufal em parceria com a SMS, assume o desafio de garantir o controle da doença em regiões consideradas críticas.

“Nosso trabalho é desenvolvido na área do canal do Reginaldo e visa, em um primeiro momento, detectar as prevalências das parasitoses em geral nessa população”, destacou Fontes, acrescentando que também é realizado o tratamento específico, atividades educacionais e avaliação da população em relação a vários fatores, entre eles, estado nutricional.

Nesse projeto, além dos coordenadores Gilberto Fontes e Eliana Rocha, também participam a professora Célia Dias, na área de avaliação nutricional, e pela SMS, Herbert Charles Silva Barros. Os dois programas são realizados com a participação efetiva de 39 estudantes bolsistas e estudantes estagiários.

Fonte: Assessoria UFAL

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