COI discute com federações aumento de punição para doping

O Comitê Olímpico Internacional (COI) vai começar a discutir com as federações mundiais uma proposta da entidade que comanda o atletismo para dobrar a suspensão de atletas flagrados pela primeira vez em exames antidoping.

A Associação Internacional das Federações de Atletismo (Iaaf) disse nesta semana que pedirá à Agência Mundial Antidoping (Wada) que passe de dois para quatro anos a suspensão de atletas envolvidos em casos graves.

Em entrevista coletiva na véspera do início do décimo Mundial de Atletismo, na sexta-feira, o presidente do COI, Jacques Rogge, disse que a comissão executiva da entidade discutiu a proposta com o conselho da Iaaf.

"A primeira coisa que o COI fará será consultar as outras 27 federações de (esportes de) verão e as sete de inverno para ver qual é o seu conselho e sua opinião", disse ele.

"O COI vai assumir uma posição comum com todas as outras federações internacionais. Se houver uma visão comum, virá um segundo ponto, no qual os esportes terão de consultar os governos."

A proposta da Iaaf foi feita depois que, no primeiro dia de seu congresso bienal, os Estados Unidos sugeriram que usuários de esteróides, mesmo primários, sejam banidos definitivamente do esporte.

O presidente da federação norte-americano de atletismo, Bill Roe, retirou a proposta depois que Arne Ljungqvist, vice-presidente da Iaaf, garantiu aos participantes que a entidade retomaria as suspensões anteriores, de quatro anos.

A suspensão foi reduzida pela metade no congresso de 1997 por causa de processos judiciais movidos por atletas.

Rogge se disse pessoalmente contrário ao banimento definitivo, mas ressaltou que a questão das punições é da alçada de cada federação. "Punições perpétuas não serão aceitáveis para os tribunais. Quatro anos é outra questão", afirmou.

O presidente da Iaaf, Lamine Diack, disse que a proposta norte-americana era irrealista. "Mesmo nos Estados Unidos eles não aceitariam banimentos por toda a vida. Se houvesse uma votação no congresso, certamente haveria 90 ou 99 por cento de ‘nãos’."

Fonte: Último Segundo

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos