CE: PF identifica líder da quadrilha que roubou BC

Agentes da Polícia Federal identificaram nesta terça-feira Paulo Sérgio Sousa como o líder da quadrilha que roubou R$ 150 milhões da agência do Banco Central em Fortaleza (CE). Está registrada em nome de Sousa a empresa de fachada instalada na casa que serviu de ponto de partida para a escavação do túnel de 78 metros até o caixa forte do Banco Central.

A empresa foi registrada na Junta Comercial do Ceará no início de junho com o nome "PS Sousa Grama Sintética". Também está em nome de Paulo Sérgio a linha telefônica comprada para a empresa fictícia.

Na tarde desta terça-feira a PF descobriu também duas paredes falsas onde estavam guardadas porções de areia que foram retiradas na escavação do túnel. Os prometidos retratos falados dos bandidos ainda não foram divulgados pela polícia. Os agentes passaram o dia na casa na Rua 25 de Março, a uma quadra da agência do BC. O movimento no local foi intenso o dia todo.

Curiosos faziam os mais diversos comentários. Uns "parabenizavam" a ousadia dos assaltantes, outros criticavam a falta de segurança da caixa forte. A PF também ouviu mais três depoimentos de vizinhos. Todos foram unânimes em afirmar que somente Paulo Sérgio aparecia na rua, mas não deu nenhum deslize sobre as verdadeiras atividades do grupo.

A Polícia Federal trabalha com a hipótese de que os assaltantes eram de fora do Estado do Ceará.

Na casa onde os assaltantes iniciaram o túnel que chegou até a agência do BC, a polícia encontrou ferramentas, roupas e mantimentos. Boa parte deles ainda nas embalagens fechadas, o que leva a crer que eles tenham planejado ficar mais tempo.

Além da empresa de fachada, o carro da quadrilha, uma Sprinter branca com a logomarca da empresa nas laterais, também estava legalmente registrado no Detran-CE com a placa HOY O734.

Os investigadores procuram pistas de como os ladrões levaram a quantia em notas de R$ 50, o que totalizaria mais de três toneladas. Durante o assalto, os alarmes não teriam disparado quando os ladrões entraram no cofre.

O roubo de R$ 150 milhões (US$ 62 milhões) da sede do Banco Central em Fortaleza foi o maior da história do Brasil e o segundo do mundo nos últimos 40 anos. Uma força-tarefa, formada por cerca de 100 policiais, é responsável pela investigação do roubo.

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