PSF contribui para a redução da mortalidade infantil

Com enfoque na família e enfatizando a prevenção de doenças, o Programa Saúde da Família (PSF) tem sido avaliado como estratégia imprescindível ao cumprimento de metas estabelecidas pela Secretaria Executiva de Saúde, como redução da mortalidade infantil, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, acompanhamento de pré-natal, com queda do número de mortes em decorrência de complicações do parto, aumento da cobertura vacinal em crianças, incentivo ao aleitamento materno, combate à desnutrição.

Além de tratar a saúde do indivíduo no contexto familiar, avaliando as condições em que a família e a comunidade vivem, a estratégia investe na prevenção e na promoção e recuperação da saúde. Nos últimos quatro anos de atuação, o programa contribuiu decisivamente para a redução da mortalidade infantil. Este é o sexto ano consecutivo em que Alagoas registra redução no coeficiente, de acordo com dados revelados pela Secretaria Executiva da Saúde, apurados pelo Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) do Programa Saúde da Família (PSF). Em 1999, o índice era de 67,9 mortes por cada mil crianças nascidas vivas; em 2000, 48,2/1000; 2001, 45,9/1000; 2002, 36,4/1000; 2003, 33,4/1000 e 2004, 29,1/1000.

Para este ano, o Ministério da Saúde anunciou várias mudanças com o objetivo de expandir o PSF. Uma delas será o acréscimo de 50% no valor dos incentivos repassados para as estratégias de Saúde da Família e Saúde Bucal nos municípios com até 30 mil habitantes e com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) igual ou menor a 0,7 (em uma escala de 0 a 1). Em Alagoas, 85 municípios serão beneficiados.

Projeto de educação continuada

Presente nos 102 municípios de Alagoas, o programa é visto como um projeto de educação continuada que descarta o foco apenas no indivíduo e na cura da enfermidade; universaliza e integra o atendimento, realizando trabalho educativo, encaminhando e conduzindo às unidades de saúde pacientes que necessitam de atendimento imediato. São 659 equipes, além de outras 408 de saúde bucal que atendem um universo de aproximadamente 532 mil famílias, envolvendo mais de 2 milhões de pessoas.

As equipes, compostas cada uma por um médico, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e uma atendente de enfermagem, recebem reforço extra dos mais de 4.700 agentes comunitários, considerados como elos entre as comunidades e o sistema de saúde. É o agente, que na maioria dos casos mora na comunidade onde atua, que realiza visita domiciliar diária nas residências e consegue chegar até aos moradores de sítios e povoados mais longínquos em busca de informações e prestando orientações sobre os cuidados com a saúde.

Conhecendo as famílias nas localidades em que atua as estratégias de assistência a serem traçadas se dão a partir do diagnóstico local. Assim, evita-se que o paciente procure hospitais e realize exames desnecessários. O trabalho das equipes tem início com o mapeamento das áreas de acordo com a situação geográfica de cada município, seguido do recadastramento diário, realizado pelo agente, que leva em consideração as migrações e o aumento no número de componentes das famílias.

Segundo a assessora técnica do Programa de Atenção Básica à Saúde (Proabs), Bethânia Silva, cada agente comunitário é responsável por aproximadamente 150 famílias. “Tem de haver continuidade na implementação da estratégia saúde da família para que ela seja permanente. Com o trabalho em conjunto que vem sendo realizado pelos profissionais o objetivo, que é a prevenção, está sendo cumprido”, avalia a diretora.

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