Violência atinge de forma diferenciada crianças e adolescentes no país

Estudo editado pelo Unicef revela situação da infância e adolescência no Brasil

A violência atinge de forma diferenciada crianças e adolescentes no Brasil e, por isso, são necessárias ferramentas e programas também diferenciados para combatê-la. Caso o jovem integre camada de baixa renda, a probabilidade de morte torna-se ainda maior. Assim pode ser sintetizado o livro A Violência no Ciclo de Vida da Criança, produzido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), sob a coordenação do professor Jailson Silva, consultor da instituição na área de violência contra criança e adolescente.

Para o pesquisador da Universidade Federal Fluminense (UFF), o livro demonstra a existência de um paradoxo no país: a mortalidade infantil está diminuindo e as mortes de adolescentes crescem. "Portanto, estamos criando cada vez mais condições de a criança manter-se viva para depois morrer na adolescência", afirma.

A obra será lançada hoje à noite, durante a Consulta Nacional sobre Violência Contra a Criança e o Adolescente, na sede do Parlamento Latino-Americano, nesta capital. Segundo Jailson Silva, o objetivo do estudo é estabelecer a dinâmica da violência contra os jovens no Brasil.

"A pesquisa está dividida em quatro partes: reflexão geral sobre a violência, sobretudo contra jovens; precisão maior de violência no Brasil e sua disseminação; avaliação da qualidade dos dados nacionais atuais; e recomendações para a construção de uma plataforma nacional de combate ao problema", informou o professor.

A Consulta Nacional sobre Violência Contra a Criança e o Adolescente prossegue até quinta-feira (25). O evento é promovido pelo Unicef, em parceria com a Organização das Nações Unidas e do governo federal, através do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).

A consulta foi aberta hoje, em solenidade que contou com a presença do secretário-geral da Presidência da República, ministro Luiz Dulci, da representante do Unicef no Brasil, Marie-Pierre Poirir, do secretário da Justiça do Estado de São Paulo, Hédio Silva Júnior, e de representantes dos Ministérios do Desenvolvimento Social e da Educação, Fernando Silva, do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, além de uma representante dos adolescentes e jovens, Beatriz Caitana.

Fonte: Agência Brasil

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