O presidente da Fundação Universidade de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), Telmo Henrique, disse que o processo de transformação da Uncisal em universidade, que está em processo de análise pelo Conselho Estadual de Educação, pode ser consolidado dentro de 15 dias a um mês. Com isso, os novos diretores, eleitos por voto direto, poderão tomar posse já como reitores. A solenidade de posse dos novos dirigentes está marcada para o dia 6 de setembro.
Para Telmo Henrique, um dos principais avanços conquistados nos três anos de sua gestão foi justamente a consolidação do processo democrático para escolha dos cargos de direção da Fundação e de suas unidades acadêmicas. A transformação da Uncisal em universidade, segundo ele, vai possibilitar o acesso a mais recursos federais.
“Uma proposta que nós concordamos é com a criação de um orçamento próprio para a Uncisal, como existe hoje na USP. Acreditamos que a autonomia, não só política, mas, também, a financeira, vai possibilitar maiores avanços, como a criação de novos cursos da área de saúde, a exemplo de Psicologia e Enfermagem”, observou Telmo.
Hoje, o governo de Alagoas é responsável pelo pagamento de toda a folha de pessoal e o custeio das unidades acadêmicas. Já o custeio das unidades assistenciais – Hospital José Carneiro, Maternidade Santa Mônica, Portugal Ramalho e Hospital Hélvio Auto – é proveniente do SUS.
Telmo Henrique ressaltou também os avanços conquistados na melhoria da qualidade de ensino das quatro faculdades mantidas hoje pela Uncisal, duas delas – Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional – com conceito “A” no provão do Ministério da Educação. Apesar das dificuldades financeiras enfrentadas hoje pelas unidades assistenciais, Telmo Henrique destacou que a verba de custeio pulou no governo Ronaldo Lessa de R$ 110 mil por mês para R$ 700 mil. “Só com a descentralização dos serviços é que poderemos resolver os problemas da saúde de Alagoas”, completou.
Telmo Henrique disse que um dos projetos mais importantes que o governo pretende desenvolver é a construção do Hospital Geral, no Trapiche da Barra. E acrescentou que, possivelmente em setembro, novos aprovados no último concurso público da Secretaria Executiva da Saúde deverão ser convocados para cobrir carências existentes hoje nas unidades. “O concurso foi um dos grandes avanços; quando assumimos, 70% eram serviços prestados, hoje são apenas 10%, em alguns setores, que deverão ser terceirizados”.
