Unidos pela dor familiares e amigos de Davi pedem paz

Familiares e amigos do estudante Davi Hora Omena, 19, estão realizando nesse momento, uma passeata pela orla marítima de Maceió, com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para a necessidade de desarmar a população e lutar pela paz. A caminhada termina no Corredor Cultural Vera Arruda, na Jatiúca.

“Desarme-se, viva em paz”, este é o lema da caminhada que reúne cerca de quinhentas pessoas, ao som dos artistas alagoanos: Jr. Almeida, Santadica, Sostenes Lima, D. Maria, Naldinho, Davis, Wilson Miranda, Basílio jovens e outros. No local, jovens, crianças e adultos vestidos de branco, clamam por paz.

Davi Hora Omena, 19, foi assassinado no dia 23 de Junho, durante as festividades juninas, em São Miguel dos Campos, pelo colega Rodolfo Amaral, 18, com um tiro de pistola. O crime aconteceu quando saíam da festa da Cidade. Davi passou quase 15 horas em coma profundo, mas não resistiu e morreu na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) da Santa Casa de Misericórdia de Maceió.

Segundo a família de Davi, a caminhada pode ser o começo de um projeto de campanha pelo desarmamento de jovens e pais. A idéia é alertar a sociedade alagoana quanto aos perigos que pais e filhos correm, de posse de uma arma. A mãe de Davi, Valéria Hora Barros, explica que a campanha por enquanto é uma idéia. “Por enquanto é só um desejo de mudar o quadro de violência entre jovens. Ainda vamos nos reunir com familiares de outras vítimas e elaborar o projeto como e forma mais consistente”, ressalta Valéria.

Além da família de Davi, participam da caminhada, os pais e amigos de Israel Sampaio, 21, morto por um disparo da arma de fogo, na cabeça, na madrugada do dia 9 de janeiro deste ano. Simone de Souza Sampaio e Tanízio Sampaio, pais se Israel, resolveram unir forças contra o armamento acreditando ser esta uma das formas mais eficazes de combater a violência entre jovens. “A arma é perigosa para quem tem prática, imagina o estrago que faz nas mãos de quem não está preparado?”, disse Simone.

“Queremos que a sociedade entenda que só escuta a nossa voz, porque somos mães esclarecidas, com poder de mobilização. Mas muitas mães perdem seus filhos todos os dias em brigas banais nas periferias e nada podem fazer”, completa.

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