Homem-bomba provoca desastre em Israel

Dez pessoas ficaram feridas, duas em estado grave, em um ataque suicida provocado neste domingo por um homem-bomba palestino na cidade de Bersheva, sul de Israel. Apenas o terrorista morreu na explosão.

Segundo fontes da polícia local, o suicida teria sido barrado quando tentava entrar na estação de ônibus central da cidade. Perseguido por agentes de segurança locais, ele optou por se explodir fora da estação, diante de um ônibus vazio da linha 12, de acordo com testemunhas.

"Os agentes de segurança evitaram um desastre", disse Egged Ratner, porta-voz de uma das companhias de transportes localizadas na estação. Segundo ele, no momento do ataque havia um grande número de civis na estação, já que domingo é dia de trabalho em Israel. Também há grande afluência de soldados, que retornam para suas bases no deserto do Negev depois do descanso de sábado.

Este foi o primeiro ataque terrorista a bomba em Israel após a retirada de 21 assentamentos de colonos judeus na Faixa de Gaza e quatro no norte da Cisjordânia. Até o momento, nenhum grupo islâmico radical assumiu responsabilidade pelo ataque. Acredita-se que a explosão tenha sido uma resposta pelo assassinato de cinco palestinos por tropas israelenses na cidade de Tulkram, o que provocou uma promessa de vingança do grupo Jihad Islâmica.

O chefe de negociações palestino, Saeb Erekat, condenou o ataque. "Acreditamos que ambos os lados devem se esforçar ao máximo para manter a trégua, pois ela atende ao interesse de todos", disse Erekat, referindo-se ao cessar-fogo acertado em fevereiro entre o primeiro-ministro israelense Ariel Sharon e o presidente palestino Mahmoud Abbas.

Já David Baker, assessor de Sharon, cobrou esforços da ANP (Autoridade Nacional Palestina): "Caso a ANP não tome as devidas providências para impedir o terror, não haverá progresso (nas negociações) entre os dois lados".

O último ataque suicida ocorrido em Israel ocorreu no dia 12 de julho, matando cinco pessoas na entrada de um shopping na cidade de Netanya.

Fonte: Folha

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