Vinte e dois jovens carentes do Projeto Sesc Ler de Palmeira dos Índios visitaram pela primeira vez a cidade de Maceió, tendo no roteiro o Tribunal Regional do Trabalho e o Memorial Pontes de Miranda.
Acompanhados pelo promotor de justiça Rogério Paranhos, pelo presidente do Conselho Tutelar de Palmeira dos Índios, José Tenório Luna e por professores do projeto,eles foram recepcionados com um bate-papo pelo presidente do Tribunal, juiz Pedro Inácio da Silva e pela juíza do trabalho Carolina Bertrand, que falou sobre a importância dos estudos e do trabalho, bem como sobre os direitos do trabalhador.
Neste dia especial, os jovens conheceram o acervo do Museu da Justiça do Trabalho e acompanharam audiências nas 3ª e 4ª varas. Para o promotor Rogério Paranhos, a visita à Justiça do Trabalho foi uma importante etapa no processo de ressocialização vivido pelos adolescentes. "Uma oportunidade única de ter contato direto com a justiça", disse ele.
O Projeto Sesc Ler é um Projeto Escola desenvolvido pelo Conselho Tutelar de Palmeira dos Índios, Promotoria de Justiça, Soprobem e o Serviço Social do Comércio e já existe em diversas capitais. Em Alagoas surgiu em Palmeira dos Índios pela necessidade de socializar os jovens carentes que viviam nas ruas.
"O trabalho social com esses meninos é maravilhoso porque a gente sente o resultado, antes eles eram bagunceiros, agora eles cuidam do Centro" conta a coordenadora Luciene Torres. Hoje o Centro conta com mais de 33 adolescentes assistidos juridicamente, com aulas de alfabetização, esportes e dieta alimentar com nutricionista.
O Tribunal Regional do Trabalho é parceiro neste projeto de grande iniciativa social, que aproxima a justiça do jovem alagoano. Durante a visita foram doadas roupas arrecadadas em campanha interna do TRT Solidário. O estudante Roberval da Silva, de 15 anos, está no projeto há oito meses e diz que vai sair de lá preparado para trabalhar.
"O Centro é bom porque me alimento e aprendo muito", disse ele. Para a professora Núbia de Lima, o trabalho com os jovens é gratificante. "Ter visitado o Tribunal só reforça as noções de cidadania e a importância de ter um trabalho digno e justo", conta a professora.
