Promotoras fazem balanço da Operação Cinderela

As promotoras do Ministério Público, Karla Padilha e Marluce Falcão fizeram um balanço da Operação Cinderela, na manhã de hoje, no prédio do órgão. Segundo elas, quatro equipes sob o comando do MP e com a participação de vários órgãos, como Polícia Civil, Militar e Vigilância Santinária vistoriaram quatro casas noturnas em Maceió, onde foram encontras uma série de irregularidades, inclusive tráfico interno de pessoas (artigo 231-A do Código Penal).

Foram alvo do MP as casas Eclipse, na Ponta Verde; O Beco, no Centro; Coquetel Clube, em Cruz das Almas e Pippo´s Bar, também no Centro.

Na primeira boate – conforme relatório do MP – o estabelecimento, além da prática do rufianismo (obter lucro com a prostituição alheia), não possuía licença sanitária, os dormitórios estavam em condições insalubres, além de serem ilegais e o local não possuía alvará do Corpo de Bombeiros, para que funcionasse ponto comercial, além de irregularidades trabalhistas, no que diz respeito a contratação de garçons e demais funcionários da casa.

Apesar de não terem sido encontradas adolescentes, o Ministério Público acredita que a gerência da boate Eclipse falsificava documentos das garotas de programa. Os documentos foram apreendidos e encaminhados à perícia técnica.

Coquetel Clube

Na boate Coquetel Clube, o MP constatou mulheres vindas do interior de Alagoas e de municípios de outros estados, que ficavam alojadas na própria boate, caracterizando o crime de tráfico interno e exploração sexual, já que estas pagavam para residir no local. Foram presos dois gerentes da casa, sendo que um destes já havia sido preso por exploração sexual.

O Corpo de Bombeiros também identificou irregularidades no local, tais como: extintores de incêndio vencidos, fiação desprotegida, dentre outras. O estabelecimento foi notificado pela instituição e pode vir a ser interditado. De acordo com o MP, o principal suspeito de agenciar mulheres para prostituição no Coquetel Clube, é um policial militar da reserva. A Delegacia Regional do Trabalho averigua denúncias contra o Coquetel Clube.

Pippo´s Bar

Já no Pippo´s Bar, as primeiras irregularidades foram detectadas pela Vigilância Sanitária, Corpo de Bombeiros e Superintendência Municipal de Controle e Convício Urbano. No local, havia duas mulheres de outro estado, ressaltando suspeitas de tráfico interno de pessoas. O proprietário disse que algumas mulheres moram no local, mas não pagam por isto.

O MP tentou também inspecionar boates em Rio Largo, mas a promotora Karla Padilha acredita que a informação sobre a Operação Cinderela vazou. “Estranhamente, quando chegamos ao local, muitas boates estavam fechadas. Acredito que alguém os avisaram sobre a operação”.

Todas as casas vistoriadas pelo MP e outros órgãos podem ser interditadas ainda esta semana. "Acreditamos que elas possam sim ser fechadas, dianta do volume de irregularidades encontradas".

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