Chapão se fecha em bloco e encurrala futuro governador

O candidato a governador que quiser o apoio do “chapão”, composto por 16 dos 27 deputados estaduais filiados ao PMN, terá de se acertar com bastante antecedência – o “chapão” não tem ideologia, não tem compromisso com candidaturas majoritárias.

Quem está dentro do “chapão” só sai se quiser, mas quem ficou de fora não entra mais; o ex-deputado federal Augusto Farias e o empresário Maurício Tavares foram vetados porque se decidiram tarde demais.

O objetivo do “chapão” é defender o nome do deputado Celso Luiz, presidente da Assembléia Legislativa, para o cargo de vice-governador e eleger 18 deputados estaduais – no mínimo 16 – na eleição do ano que vem.

Mas o candidato a governador terá de assumir outros compromissos, como a indicação de um dos seus componentes para a vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado e duas secretarias estaduais, segundo confidenciou ao Alagoas24horas um dos seus integrantes.

Dos 16 deputados estaduais que compõem o “chapão”, apenas um (Chico Tenório) vai disputar uma vaga na Câmara Federal. “Quero ir para Brasília. Já cumpri com o meu papel aqui”, disse Tenório, referindo-se aos dois mandatos como deputado estadual.

REJEITADOS

Os 16 deputados estaduais que integram o “chapão” são: Celso Luiz, Cícero Amélio, Arthur Lira, Cícero Ferro, João Beltrão, Isnaldo Bulhões, Francisco Tenório, Sérgio Toledo, Marcos Ferreira, Nelito Gomes de Barros, Fernando Duarte, Luiz Pedro, José Pedro, Alves Correia, Gervásio Raimundo e Gilvan Barros.

Além deles, mais seis fortes candidatos à Assembléia Legislativa compõem o chapão; são eles: os ex-deputados federais Luiz Dantas, Antônio Holanda e Júnior Leão, Cathia Freitas, esposa do prefeito de Piranhas, o ex-prefeito de Mata Grande Hélio Brandão, esposo da prefeita de Joaquim Gomes, e o empresário Jadielson Pessoa, dono do Supermercado Unicompra.

O ex-deputado Augusto Farias e o empresário Maurício Tavares, que chegaram a participar das reuniões e permaneceram seis dias integrados ao grupo, foram rejeitados; o informante do Alagoas24horas explicou que a intenção dos dois (Augusto e Maurício) era de implodir o “chapão”, por isso demoraram apenas seis dias no grupo.

“Eles ficaram de terça-feira até domingo, quando anunciaram que tinham desistido e pediram para sair. Depois, arrependidos, pediram para voltar, mas nós não aceitamos mais. Por isso o Augusto não vai mais sair candidato a estadual, vai disputar uma vaga de federal, porque, no PTB, vai precisar de 35 mil votos no mínimo para chegar à Assembléia e, sendo assim, é melhor partir para uma vaga em Brasília”, disse.

No acordo para apoiar o futuro governador, a liderança do “chapão” tem os números da realidade do Estado; neles, consta que em 2007 serão abertas três vagas de conselheiros do Tribunal de Contas.

“Nós estamos unidos e vamos até o fim. O compromisso, para os que integram esse grupo, é exatamente o de acomodar a todos e quem estiver no grupo não vai ficar no meio do caminho”, concluiu.

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