Teotonio Vilela questiona baixo investimento do governo Lula no social

O senador Teotonio Vilela Filho diz que o investimento do governo Lula nas políticas sociais poderia ser muito maior não fosse a incapacidade gerencial e não priorização da pessoa humana por parte da atual administração do país.

Teotonio tomou por base levantamento do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), realizado agora em outubro, mostrando que a dois meses do final de 2005, foram executados apenas 30% dos R$ 71 bilhões previstos para investimentos em oito setores que atendem às necessidades básicas da sociedade: segurança pública, saúde, educação, direitos da cidadania, urbanismo, habitação, saneamento e organização agrária. O estudo foi elaborado com base em dados do Siafi, sistema de controle de liberação dos recursos do Tesouro Nacional.

Para o senador, esse resultado demonstra o quanto o governo se encontra engessado e moroso para investir nas necessidades do país, mesmo dispondo de recursos. A esse respeito, aliás, lembrou que de acordo com o “Impostômetro” da Associação Comercial de São Paulo, de 1º de janeiro até hoje, os contribuintes brasileiros já pagaram cerca de R$ 600 bilhões em tributos, taxas e contribuições para as três esferas. “Com o total arrecadado, o governo poderia oferecer excelentes serviços públicos”, disse.

Teotonio considera prova de incompetência política o fato de o governo deixar de empregar os recursos previstos no Orçamento, destinados às camadas carentes. “Os números mostram a dificuldade política do governo em destinar os recursos à população carente”, observou. “Enquanto isso pratica um superávit primário aí na casa dos 5%, que nem o FMI ousou pedir, sacrificando investimentos em áreas fundamentais como saúde, educação e na infra-estrutura do país”, alertou.

O parlamentar disse ainda que o baixo investimento no social demonstra também o quanto o governo não possui projetos. E que a falta de recursos para a área social terminará afetando a economia como um todo, já que a construção de obras de saneamento, escolas, presídios e casas geram empregos.

O senador lembrou também do título de banqueiro do ano, concedido pelos Estados Unidos ao presidente do Banco Central do Brasil. E dos recentes elogios públicos do governo americano ao ministro da Fazenda, pelo superávit primário que o país vem acumulando. “O superávit que o ministro da Fazenda foi exibir aos banqueiros americanos é a expressão da absoluta insensibilidade deste governo”, avaliou.

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