Google reinicia criação biblioteca digital

O Google resolveu recomeçar a digitalização de livros, com foco agora em obras de domínio público e naquelas que são encontradas apenas em biblioteca públicas.

O projeto, batizado de Google Print , foi abandonado em agosto, em razão das ameaças de processos por parte das editoras norte-americanas, que acusavam o sistema de buscas de infringir as leis de direitos autorais.

Com a nova proposta, o Google pretende agilizar a oferta de parte dos textos dos livros já catalogados, com o objetivo de aumentar sua receita publicitária.

Em dezembro do ano passado, o Google anunciou sua intenção de digitalizar cerca de 15 milhões de livros em inglês em dez anos. A monumental estante online teria o apoio das universidades de Harvard, Stanford, Michigan, Oxford (Inglaterra) e da biblioteca pública de Nova York.

Logo depois, a Biblioteca Nacional da França (BNF) emitiu um “grito de guerra” contra os planos do Google de indexar livros de algumas das maiores estantes do mundo, entre as quais as das universidades de Harvard, Oxford e Stanford.

Jean-Noel Jeanneney, diretor da BNF, argumentou que o Google iria privilegiar somente obras em idioma em inglês com predominância do pensamento anglo-saxônico.

Jeanneney convocou então a União Européia a promover um programa de indexação de obras literárias, por meio de sistemas de buscas próprios.

“Não gostaria que se falasse sobre a Revolução Francesa somente em livros selecionados pelos Estados Unidos. É possível que nossa idéia sobre o tema seja pior, mas será nossa”, ele disse, na ocasião.

Não demorou muito para mais 18 países europeus se colocarem contra o Google Print.

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