Transporte público pára em Nova York e 7 milhões são afetados

Trabalhadores dos transportes públicos da cidade americana de Nova York –incluindo motoristas de ônibus e operadores do metrô– entraram em greve nesta terça-feira pela primeira vez nos últimos 25 anos, prejudicando ao menos 7 milhões de pessoas que dependem do sistema.

A greve foi decidida depois que a União dos Trabalhadores dos Transportes rejeitaram uma oferta do governo para que os 34 mil trabalhadores não parassem, mas autoridades e representantes da classe não conseguiram chegar a um acordo.

Com a aproximação do Natal e o aumento da circulação de pessoas e turistas na cidade, a greve poderá custar aos cofres públicos US$ 400 milhões ao dia, segundo a agência de notícias Reuters.

"Os trabalhadores dos transportes estão cansados de serem depreciados e desrespeitados", afirmou o presidente da união, Roger Toussaint. De acordo com Ainsley Stewart, vice-presidente da organização dos trabalhadores, logo após a greve ser decidida, na noite desta segunda-feira, Peter Kalikow, presidente da Autoridade Metropolitana dos Transportes –entidade governamental responsável por esse setor– ameaçou os trabalhadores dizendo que ma das leis americanas proíbe funcionários públicos de fazer greve.

Na semana passada, um juiz de Nova York determinou que a realização de uma greve seria um ato ilegal. O anúncio da paralisação teria "irritado" o prefeito da cidade, Michael Bloomberg, informou a rede de TV CNN. "Por razões egoístas, a união decidiu que suas exigências são mais importantes que a lei, a cidade e o povo a quem eles servem", afirmou.

De acordo com o prefeito, um plano de contingência seria iniciado nesta terça-feira, o que inclui o aumento da patrulha policial e um novo esquema de circulação de táxis. O governador de Nova York, George Pataki, endossou as declarações de Bloomberg, dizendo que a organização dos trabalhadores "acabou com a confiança dos nova-iorquinos".

Reivindicação

Uma greve parcial foi iniciada nesta segunda-feira, quando mais de 700 trabalhadores de duas empresas privadas de Nova York entraram em greve, e prejudicaram 50 mil usuários do Queens.

A União dos Trabalhadores dos Transportes e o governo local têm se confrontado há meses. Os trabalhadores querem aumento de salário, seguro-saúde e aposentadoria sem ter que pagar a mais por isso. Autoridades dizem, entretanto, que é necessário haver contenção de despesas, apesar de a Autoridade Metropolitana dos Transportes ter registrado lucro de US$ 1 bilhão.

Em um discurso público realizado há algumas horas, o prefeito nova-iorquino pediu ao sindicato que aceitasse a proposta da empresa. Para Bloomberg, os empregados do setor público e privado devem fazer frente a um "novo mundo", no qual os custos previdenciários e de saúde são muito elevados e no qual os empresários não podem dar-se ao luxo de serem tão generosos.

Fonte: Folha

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