Denúncia de assaltante vira entrave para polícia

A revelação do assaltante José Cláudio dos Santos, vulgo “Carioca”, que apontou um deputado estadual como chefe da quadrilha que seqüestra e assalta em Alagoas, virou entrave para a Polícia Civil; o delegado Carlos Alberto Reis, que apura os crimes da quadrilha desbaratada esta semana, sequer cita o nome do deputado – ele diz apenas o nome do vereador “Júnior Pagão”, de Rio Largo, outro denunciado por “Carioca”.

Mas, o vereador é apenas “soldado” na quadrilha; as armas, munições e veículos usados pela quadrilha, de acordo com a versão de “Carioca”, são arranjadas pelo deputado – ele não soube dizer se pertencem ao parlamentar.

As denúncias de “Carioca” confirmaram as declarações feitas anteriormente ao Ministério Público Estadual pelo pistoleiro Fernando Fidelis e o ex-soldado PM Garibaldi – eles, que estavam ajudando o Ministério Público, apontaram dois deputados como chefes de quadrilhas no Estado.

Fidelis foi assassinado dentro do Presídio Baldomero Cavalcante, onde cumpria pena por homicídios, e não há mais dúvida de que a sua morte foi “queima de arquivo”.

Nas declarações que prestou ao Ministério Público, Fidelis chegou a dizer que os deputados tinham livre trânsito na área policial e que dificilmente seriam surpreendidos em ações da polícia.A expectativa agora é de que o inquérito policial fique restrito ao vereador Junior Pagão.

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