Brasília – Um dos enviados pelo governo brasileiro ao Haiti para avaliar a situação pré-eleitoral no país é o doutor em Relações Internacionais e professor da Universidade Federal de Santa Maria, Ricardo Seitenfus. Em entrevista à Radiobrás, o especialista avalia que a mediação dos países latino-americanos no Haiti mostra uma outra maneira de intervenção em situações de instabilidade política.
"Tenho a impressão de que estamos oferecendo às Nações Unidas um novo modelo de mediação com um baixo índice de violência, levando em consideração as questões dos direitos humanos", disse. Para Seitenfus, um dos principais desafios do novo comandante das tropas da ONU, o general brasileiro José Elito Carvalho Siqueira, é ajudar na segurança da preparação das eleições gerais marcadas para o dia 7 de fevereiro.
Serão 34 candidatos à presidência da República, além de disputadas para deputados e senadores. Caso não haja maioria simples no primeiro turno, ou seja, 50% dos votos válidos mais um, o segundo turno está marcado para o dia 19 de março. "É necessário que o vencedor aceite uma oposição que se fará evidentemente, e por outro lado, que a oposição aceite o resultado das urnas. Esse é o primeiro passo, quer seja uma pacificação política", avalia Seintenfus.
