Reunião discute detalhes do projeto Guardião da Cidadania
A secretária municipal de Assistência Social, Elizabeth Marques, apresentou na manhã de hoje, no Palácio Marechal Floriano Peixoto, o relatório sobre o Projeto Guardião da Cidadania, que pretende tirar crianças, jovens e adultos das ruas de Maceió.
Na reunião estavam presentes o secretário de Articulação do Governo, Pedro Alves, o secretário executivo de Assistência Social, Jurandir Bóia, o presidente da ONG Catarse, Walmar Buarque, os coordenadores gerais do projeto, Conceição Acioly e César Marques e o representante do Ministério Público, Ubirajara Ramos .
Para tentar solucionar um problema antigo na capital alagoana, a Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS) firmou parceiras com os poderes Executivo, Legislativo e iniciativa privada. O projeto irá capacitar pessoas que vivem nas ruas, principalmente as crianças que estão fora do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), e transformá-las em agentes da sociedade, além disso eles terão direito à carteira assinada e receberão um salário mínimo.
A secretária adjunta da SEMAS, Cláudia Simões, apresenta algumas soluções apontadas no projeto. “Essas pessoas irão sair das ruas e vão receber um treinamento para executr atividades como guarda-trânsito, guias de turismo, agentes do meio ambiente, etc. Cada secretaria irá disponibilizar os funcionários para a capacitação. Por isso é importante o apoio dos secretários e da sociedade”.
O projeto foi elaborado em agosto de 2005 pela SEMAS, que contratou um instituto especializado em meninas e meninos de rua para fazer um levantamento da situação em Maceió. Segundo a pesquisa, existem atualmente na capital cerca de 290 pessoas nas ruas, incluindo crianças, jovens, adultos e idosos. Os locais com maior concentração dessas pessoas são o Centro de Maceió, toda extensão da orla marítima, uma parte da avenida Fernandes Lima, e no bairro de Jaraguá.
O coordenador do projeto, César Marques, comentou sobre a campanha que será lançada em Maceió. “Queremos conscientizar a sociedade para o mal que cometem quando dão esmola porque os que vivem nas ruas já estão habituados com esse dinheiro e não deixam as ruas. Por isso nossa campanha será não dê dinheiro, dê cidadania. Incentivem essas pessoas a se engajarem no projeto”, destaca.
Já o presidente da ONG Catarse diz que o projeto será de difícil realização. “Esse treinamento leva tempo, pois é um processo de confiança e conquista. Os meninos de rua são espertos e sabem que se algo sair diferente do que foi prometido, eles irão voltar para as ruas. Tomara que não seja apenas uma ação eleitoreira e que seja levada a sério pelas autoridades e traga bons resultados.”
A abertura oficial do projeto será realizada no dia 31 deste mês, na Associação Comercial de Maceió, no bairro de Jaraguá. No evento, a SEMAS vai apresentar os meninos que já estão sendo treinados e vai ser feita a assinatura de acordos com os parceiros.
Crédito: Luis Vilar
Crédito: Luis Vilar
Crédito: Luis Vilar
