Sumiço de gerente interrompe negociação entre Incra e MST

As negociações entre o Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o Movimento de Trabalhadores Sem Terra (MST) de Girau do Ponciano estão interrompidas desde a manhã de hoje, em virtude do sumiço do gerente Cleudo, agência do Banco do Brasil.

A ouvidora agrária regional do Incra, Katiúcia Mendes, chegou a agência por volta das 9h para tentar negociar – com os sem-terra e com a gerência do banco – possíveis alternativas para o problema, mas não o fez por conta da ausência do gerente que teria usado uma desculpa qualquer para não ficar na reunião.

Katiúcia confirma que a liberação desses recursos depende da apresentação de notas fiscais referentes à compra de produtos e utensílios do Assentamento, o que provém de uma portaria criada pela presidência do Incra.

“Infelizmente não posso passar por cima de uma portaria do Incra, o que pretendia era abrir negociações, mas com a ausência do gerente do banco fica difícil”, ressalta Katiúcia.

Os trabalhadores estão ocupando a agência desde ontem por volta das 9h, reivindicando a liberação de recurso federais de fomento às famílias residentes no Assentamento Sete Coqueiros naquele município. Segundo o coordenador do Assentamento, José Roberto Souza, os recursos já estão na conta do Assentamento desde o final do ano passado, mas sua liberação depende do Incra.

José Roberto Souza continua firme quanto a permanência dos trabalhadores na agência, principalmente agora que conseguiram apoio da prefeitura. “Vamos continuar firmes, principalmente gora que temos suprimentos para cerca de uma semana”, diz.

Quanto ao paradeiro do gerente, José Roberto não tem noção, mas pela movimentação da polícia no local, acredita ter sido solicitada para tentar uma retirada forçada. Esse foi o primeiro dia sem expediente no banco.

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