Capitão frustra seqüestro e resgata vítima em Maceió

Graças ao preparo e à competência do capitão PM Moura, o autônomo Hélio Alves de Oliveira, uma das vítimas de seqüestro em Maceió, foi salvo do cativeiro antes de a família pagar o resgate.

O capitão agiu como a sociedade espera de um policial; não basta aparelhar a polícia com armas e viaturas, pois, polícia eficiente é aquela que trabalha com inteligência; que age no flagrante.

Foi isso o que aconteceu; graças ao preparo do oficial, que serviu de interlocutor com os seqüestrados e fê-los vacilar, a vítima foi resgatada e o cativeiro estourado sem que fosse necessário disparar um tiro sequer.

Hélio, que trabalha com empréstimo para aposentados no BMG, foi seqüestrado na sexta-feira, 27, à noite. Ele reside no Conjunto Eustáquio Gomes e é vizinho do capitão, que, prontamente, entrou em ação quando os seqüestradores fizeram o primeiro contato, no sábado à tarde.

A calma

Primeiro o oficial da PM tranqüilizou a família; em situação como essa a calma é essencial. Depois, o capitão passou a negociar com os seqüestradores, que, de início, exigiam o pagamento de 60 mil reais como resgate.

O capitão pechinchou, conversou e regateou – os seqüestradores baixaram o pedido de resgate para até 8 mil reais.

O vacilo

Enquanto negociava o resgate, o capitão Moura tomou a providência de rastrear os telefones públicos de onde os seqüestradores ligavam para a casa da vítima. E descobriu que eles estavam por perto, na mesma área entre o Tabuleiro do Pinto (Rio Largo) e do Martins.

No domingo a negociação prosseguiu e o capitão, sempre mantendo a calma, conseguiu baixar esse valor pela metade. Foi aí que o seqüestrador vacilou, ao usar o celular, sem dúvida que roubado:

-“Quatro mil reais, cara, senão eu vou matar esse filho da p. Eu quero ir embora dessa terra de m. Não vou esperar mais. Vou matar esse filho da p.” – e fez um disparo para o ar.

Foi esse disparo que entregou o cativeiro; ao circular pela área indagando se alguém ouviu algum disparo de arma de fogo, não foi difícil encontrar a testemunha que apontou na direção do estampido – uma casa no meio do canavial, nas proximidades do Aeroporto Zumbi dos Palmares, a 20 quilômetros da residência da vítima.

Daí para o final feliz foi fácil; os bandidos foram surpreendidos quando providenciavam as “quentinhas” para o almoço.

Com sinais de desidratação, a vítima foi medicada e já está com a família.

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