Prefeita não descarta motivação política na prisão do seu marido

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A prefeita de Rio Largo Vânia Paiva (PMDB) – acompanhada do advogado Adriano Soares – defendeu o marido Ricardo Schavuzzi, na manhã de hoje, numa entrevista coletiva marcada em sua própria residência. Paiva procurou deixar claro que sua família trabalha em prol do povo de Rio Largo há décadas e sempre pensando no bem coletivo, “desde a geração do avô”.

Para Paiva, seu marido é “um homem de bem, assim como Júnior Pagão e que a ligação entre os dois é estritamente política”. Segundo a prefeita, as circunstâncias em que ocorreram a prisão é no mínimo estranha, já que nem ela, nem o advogado souberam ainda os motivos reais do fato. “O Adriano não teve acesso aos laudos. O que sei é que meu esposo não está envolvido com nenhum crime de seqüestro, assalto e assassinato, muito menos com o incêndio que houve aqui no fim de 2004”.

Indagada sobre motivações políticas na prisão de Ricardo Schavuzzi, Paiva diz que se formou um grupo muito forte em Rio Largo, que vem lutando pelo bem de Alagoas. “Estamos com a pretensão de fazer um deputado estadual nosso e poderia ser o Ricardo. Não sei se isto tem haver, mas que o grupo político nosso incomoda muita gente, eu sei que incomoda”.

Vânia Paiva disse ainda que a Polícia Civil não achou sequer uma arma em sua casa. “Segundo a testemunha havia um arsenal aqui. Não foi encontrado nada e reviraram minha casa toda. Fui uma prefeita eleita pelo meu povo e trabalho pelo meu povo, assim como o Ricardo. Meu esposo – volto a repetir – é um homem de bem”.

Júnior Pagão

Para Vânia Paiva, o vereador Júnior Pagão – que foi expulso do Partido Verde por suspeita de envolvimento com o crime organizado e também é foragido da Polícia Civil – é um “homem integro, que já esteve envolvido em delitos, mas que agora se regenerou”. Segundo Vânia Paiva, “se até os meninos que vão para o Centro de Ressocialização se regeneram, porque Pagão não poderia também”. “Não temos envolvimento pessoal com ele. Apenas político, mas ele sempre ajudou nos trabalhos da prefeitura”.

“As acusações são grandes calúnias que cabe a Justiça de Alagoas explicar”, declarou Vânia Paiva quanto ao que estava sendo veiculado sobre seu marido. Paiva pediu mais transparência nas investigações policiais, mas não criticou Barenco. “Não o conheço bem, mas sei que sempre trabalhou de forma certa em Rio Largo, mas acho que temos o direito de ao menos saber ao certo do que se trata. Meu marido foi levado sem mandado judicial e foi arrancado de casa na frente dos filhos”.

Paiva encerrou falando que ainda não teve contato com Ricardo Schavuzzi. “Ele apenas falou com o Adriano Soares. Mas também está por fora de tudo o que está acontecendo. O Adriano vai dar uma olhada no processo hoje”, finalizou a prefeita.

Advogado

Adriano Soares confirmou que não teve acesso a peça judicial do inquérito. “Pude ver apenas no mandato de prisão, que aconteceu em cima do depoimento de uma única testemunha. Não sei o que está por trás. A casa foi revirada atrás de armas, que eles não acharam. A Polícia Civil conduziu o judiciário a erro, quando acusou o Ricardo destes crimes”.

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