Chega a sete número de mortos em protestos contra charges de Maomé

Chega a sete o número de mortos em protestos pelo mundo após 48 horas da publicação em jornais europeus de charges com a imagem do profeta Maomé. No Afeganistão, quatro pessoas morreram nesta segunda-feira vítimas da ação policial. Já na Somália, um muçulmano morreu após confronto entre as forças de segurança do país e os manifestantes. Em Cabul, milhares de pessoas tentaram arrombar as portas da base americana de Bagram, e duas pessoas morreram.

No Afeganistão, o incidente ocorreu em Mihtarlam, ao leste do país. A polícia abriu fogo contra os manifestantes após um dos militantes ter disparado uma arma, segundo um porta-voz do governo. Outras três pessoas ficaram feridas, entre elas um policial que levou uma facada e um manifestante que foi baleado.

Na capital do país, Kabul, a polícia reprimiu a golpes de cassetete uma passeata de cerca de 200 jovens em frente ao palácio presidencial. O protesto continuou com o apedrejamento de uma base militar americana e de veículos das tropas de paz da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

Na Somália, o confronto ocorreu em Bossaso (nordeste do país). Segundo uma testemunha, as forças de segurança abriram fogo contra os manifestantes, que estavam jogando pedras contra os escritórios da Organização das Nações Unidas (ONU) e de organizações internacionais de ajuda humanitária. Centenas de manifestantes desfilaram pelas ruas da cidade portuária de Bossaso gritando palavras contra o Ocidente.

Greve na Índia

Houve protestos também nesta segunda-feira na Indonésia, na Tailândia e na Índia – uma greve geral foi convocada na Caxemira indiana, em repúdio à publicação das charges pelos jornais.

As charges apareceram inicialmente no jornal dinamarquês Jyllands-Posten em setembro e foram posteriormente republicadas por jornais de países como Alemanha, Itália, Holanda e Espanha – todos dizendo estar exercendo seu direito à livre expressão.

Elas associam o profeta Maomé ao terrorismo dos extremistas islâmicos. Os muçulmanos são proibidos de fazer representações gráficas de Deus ou de Maomé e consideram as caricaturas um insulto.

Durante o fim de semana, violentos protestos no Oriente Médio contra a publicação das charges resultaram na invasão e incêndio das embaixadas da Dinamarca em Damasco (Síria) e Beirute (Líbano).

Fonte: Correio Web

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