Promotores do Ministério Público realizaram, agora há pouco, uma reunião para cobrar a atuação do Projeto Cidadela, que deveria atender crianças e jovens carentes de Maceió. A reunião foi motivada pelo aumento do índice de criminalidade juvenil, que preocupa os promotores.
De acordo com a promotora Alexandra Buerlen, neste ano, 90% das denúncias que chegam a Promotoria da Infância e Adolescência são de roubo qualificado. “Isso quer dizer que são de adolescentes que utilizam algum tipo de arma, o que é preocupante. O projeto deveria atender esse público e não tínhamos certeza de como o dinheiro era utilizado, mas hoje comprovamos que o dinheiro estava parado”, explicou.
O Projeto Cidadela é gerenciado pela Secretaria de Justiça e Defesa Social e começou no ano passado, quando a meta era atender escolas da rede pública com programas educacionais. “Tivemos uns entraves internos e tivemos que parar o projeto, mas o dinheiro continuou na conta. Utilizamos apenas 6% de todo o montante recebido do Governo Federal”, disse o secretário coronel Ronaldo.
O valor total foi de cerca de R$ 410 mil, que deveria ser gasto em dez meses, mas como não foi, o secretário espera a publicação do termo de aditamento, para que o dinheiro possa ser utilizado até novembro deste ano.
“Depois que for publicado no Diário Oficial da União, retomaremos as atividades, que beneficiarão 21 escolas e cerca de 6,5 mil estudantes”, disse coronel Ronaldo, explicando também que as escolas serão escolhidas pelas Secretarias de Educação do Estado e do Município.