Júri condena acusados pelo assassinato do vereador de Olho d’Água das Flores

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Conselho de Sentença é unânime na condenação

Depois de cerca de 15 horas, Lauzio Lourenço Lima e Gilmar Alves da Silva foram condenados, por unanimidade, pelo assassinato do vereador José Dória de Souza (PTB). A sentença foi publicada, agora há pouco, pelo juiz Durval Mendonça Júnior.

De acordo com o promotor do Ministério Público, Luiz Tenório de Oliveira, Gilmar da Silva pegou a pena de 18 anos e seis meses de detenção e Lauzio Lima, 19 anos, ambos por homicídio qualificado. “A pena foi diferente por causa das circunstâncias e a participação de cada um no crime”, explicou.

Lauzio Lourenço Lima e Gilmar Alves da Silva estavam presos no Presídio Cyridião Durval, em Maceió, e chegaram no município com cerca de uma hora de atraso, fazendo com que o julgamento começasse por volta das 9h. O transporte dos detentos foi feito com equipes do Tático Integrado Grupo de Resgate, o Tigre, que montou um esquema com cerca de 40 policiais.

Na entrada do Clube Social Municipal Industrial Luiz dos Anjos, onde ocorreu o júri, todas as pessoas foram revistadas pelos policiais, que utilizavam detector de metais.

Os acusados tiveram a defesa feita pelo advogado Roberto Marques, indicado pelo juiz da comarca do município, que se baseou na falta de provas. "A única prova é a confissão dos acusados, que foi feita sem que eles estivessem em juízo", afirmou.

Para compôr o Conselho de Sentença, foram convocadas 21 pessoas, que participaram de um sorteio. Os integrantes do conselho foram Rildo José Neves, Renato Batista Silva, Moisés Messias de Lima, Celso Aciole Rebelo, Haiane Duarte, Aracele Rodrigues Amorim e Maria Irene Silva Lisboa.

Crime

Os acusados foram presos em abril do ano passado, pelo assassinato de José Dória de Souza. O vereador foi morto a tiros, em março de 2005, no município de Olho d´Água das Flores.

A prisão dos suspeitos foi feita pela Polícia Militar. Os dois foram presos em um bar, um dia depois do assassinato, quando – conforme a PM – comemoravam o sucesso do crime.

Na delegacia da cidade, os presos confessaram o crime e apontaram Milton Silva Roberto, 38, como mandante do assassinato. A causa seria porque Milton Roberto era suplente na Câmara de Vereadores do município e queria assumir a cadeira do parlamentar.

Lauzio Lima e Gilmar da Silva disseram que o preço acertado foi de R$ 400 para cada um, o que qualificou o crime. Segundo o promotor Luiz Tenório, o julgamento de Milton Roberto deve ocorrer em torno de dois meses, depois que sair a decisão de um recurso impetrado pela sua defesa.

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