ONG Betinho é esperança para pessoas especiais

José Emílio PerilloAção tem ajudado na recuperação de muita gente

Ação tem ajudado na recuperação de muita gente

Os portadores de deficiência e necessidades especiais dispõem de um espaço para habilitação e reabilitação com atendimento multidisciplinar. É a Ong Betinho (Organização Não Governamental Roberto Accioly Casado Filho).

A entidade foi criada, há um ano, por Sueli Amaral, mãe de Betinho um rapaz com paralisia cerebral, que despertou em Sueli a necessidade de ajudar outras pessoas com problemas similares.

A Ong Betinho funciona numa casa doada por Sueli, na Avenida Jorge Montenegro de Barros, nº 3333, na Santa Amélia. Todos os equipamentos, móveis, computa dores, cavalos e outros animais usados nas terapias também foram doados.

Atualmente, 103 pessoas são atendidas (de um ano e sete meses aos 60 anos) a maioria crianças e adolescentes. São pessoas com paralisia cerebral, síndromes genéticas, deficiência mental, autismo, deficientes visuais e auditivos, traumatizados, hiper-atividade e distúrbio de aprendizagem.

O atendimento inclui aspectos de saúde, educação equitação, hidroterapia, programa Tecch para tratamento de autismo, entre outros métodos de trata mento. Envolve psicólogos, psicopedagogos, fonoaudiólogos, terapeuta ocupacional e fisioterapeutas.
Equoterapia

A coordenadora pedagógica, Flora Santiago Pinheiro, explica que a equoterapia é um método terapêutico que utiliza o cavalo numa abordagem multidisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação.

A equoterapia promove a reabilitação biopsicossocial de pessoas portadoras de deficiência e necessidades especiais. A Ong Betinho contou com a participação da Associação de Equotera pia de Alagoas, coordenado por Bráulio Cavalcante.

Zooterapia para obter bons resultados

A ONG Betinho vai intensificar o trabalho de zooterapia, que além dos cavalos (Equoterapia), vai contar com gatos, cahorros, galinhas, patos, coelho, carneiros, vacas, entre outros animais cujo espaço está sendo organizado.
Segundo a terapêuta ocupacional Cristiane Baracho, a casa atende também crianças e adolescentes da comunidade. “Infelizmente, por falta de recursos, não há como assistir a todos”, lamenta.

A ONG se mantém por meio de convênios com as Secretarias Estaduais de Saúde e Educação e doações de alguns pais. “Agora mesmo estamos com uma oficina destinadas aos pais para a confecção de chocolates e ovos de Páscoa que serão expostos no Shopping Iguatemi”, informou a fonoaudióloga Thaísa Baia.

Técnicos da Secretaria da Agricultura ajudam a instituição a implantar uma horta. A produção será vendida para melhorar o custeio da casa. A secretária institucional Márcia Nobre lembra existir poucos locais especializados para trabalhar com crianças e adolescentes autistas.

Programa Tecch

O menino Hélvio de 7 anos é autista e praticamente não se comunicava. Hoje, depois da equoterapia associada ao Programa Tecch, de posse de um microfone e em cima do cavalo já emite sons que são ouvidos por todos.

“O Programa Tecch é um tratamento e educação para autistas e crianças com déficits relacionados à comunicação. Envolve as esferas de atendimento educacional e clínico em uma prática predominantemente psicopedagógica”, explica Flora Pinheiro.

O trabalho de Flora começou na Escola Raio de Sol, voltada para o atendimento a portadores de necessidades especiais. “Depois que começou a trabalhar com a fonoaudióloga e o cavalo, Hélvio soltou a voz”, disse a coordenadora pedagógica, Flora Pinheiro.

Giovana, 6 anos anos, é paralisada cerebral e também faz equoterapia para desenvolver a função motora.

Fonte: Tribuna de Alagoas

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