Juiz ouve esposa, filho e irmão de Fidélis

Daniele SilvaPé-de-Cobra voltando para o presídio, depois de acompanhar os depoimentos

Pé-de-Cobra voltando para o presídio, depois de acompanhar os depoimentos

O juiz da 9ª Vara Criminal, José Braga Neto, ouviu, nesta tarde, os depoimentos da esposa, filho e irmão de José Fernandes Neto, o Fernando Fidélis. O fazendeiro foi assassinado no presídio Baldomero Cavalcante, crime que tem como principal suspeito Edson dos Santos Tavares, o Pé-de-Cobra.

O crime ocorreu no dia 28 de outubro e, no primeiro depoimento, Pé-de-Cobra confessou o assassinato. Em outros depoimentos, ele ainda disse que o crime foi cometido a mando do ex-chefe da Guarda, José Jorge, e que depois teria dado a arma para um outro detento, David Costa dos Santos.

Essa versão ainda pode mudar na fase de instrução do processo, já que o resultado do exame residuográfico, feito pelo Instituto de Criminalística, mostrou que nem Edson Tavares, nem David dos Santos teriam atirado. “É muito difícil esse exame conter erros. Por isso, e pelo tempo que Pé-de-Cobra já está preso vou pedir a revogação da prisão dele”, disse o defensor público do detento, Rildson Martins.

No momento do crime, estavam na cela o Pé-de-Cobra, Fernando Fidélis e David Costa dos Santos. Já Fabiano Fernandes, irmão da vítima, que já foi ouvido no depoimento anterior, estava na cela ao lado.

Pelo crime, foram indiciados o ex-diretor do Presídio Baldomero Cavalcante, Jair Macário, o ex-chefe da guarda do presídio Baldomero, José Jorge, e o detento Edson dos Santos, conhecido por Pé- de- Cobra, o único que continua preso, também por tráfico de entorpecentes.

Depoimentos

Nesta tarde o juiz José Braga Neto ouviu Tânia Maria Couto, mulher de Fidélis, Bento Júnior Fernandes da Costa, irmão, e Fernandinho Fidélis, filho da vítima. Os depoimentos foram no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, com a presença do promotor Marco Mousinho e do indiciado Edson Tavares.

De acordo com o defensor público, os depoimentos não acrescentaram muitas novidades, mas Tânia Couto disse que teme a vida do filho, já que alguém poderia matá-lo para evitar uma vingança por parte da família.

Os próximos depoimentos estão marcados para o dia 1º de junho, quando devem ser ouvidos o juiz Jamil Amil de Holanda Ferreira, o condenado Garibaldi Santos Amorim, José Ailton Pereira de Barros, Renemenemes Santos Araújo, Shirley Santos Araújo, Geolândias da Silva, Lucas Ormínio da Silva e Sinvaldo Oliveira Dias Santos.

Ao todo são 20 testemunhas, entre elas o diretor-geral de Polícia Civil, Robervaldo Davino, o ex-secretário de Ressocialização, Valter Gama, o delegado Valdir Silva de Carvalho, o irmão de Fidélis e o detento David Costa dos Santos.

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