PFL quer aliança com PMDB e torce para partido desistir de candidatura

O PFL não esconde mais a intenção de contar com o PMDB numa aliança tríplice para disputar as eleições de outubro. A chapa seria encabeçada pelo candidato tucano à Presidência, Geraldo Alckmin.

"O ideal é que o PMDB participe da tríplice aliança", disse o presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC).

Outra estratégia do PFL é esperar que o PMDB não tenha candidato próprio à Presidência. O PMDB decidirá essa questão na convenção marcada para 13 de maio. Dois pré-candidatos –o ex-governador Anthony Garotinho e o ex-presidente Itamar Franco– disputam a indicação do PMDB, mas a ala governista do partido rejeita a candidatura própria.

Essa última possibilidade foi discutida abertamente hoje num jantar entre a bancada de senadores do PFL e Alckmin. "Eu acho que é bom para a coligação [PSDB-PFL] que haja decisão do PMDB de não ter candidato próprio", disse Bornhausen.

Caso contrário, segundo ele, os partidos terão de conversar novamente a situação nos Estados e tentar negociar com o PMDB em alianças informais –chamadas de alianças brancas.

O líder do PFL no Senado, José Agripino Maia (RN) não conta com a possibilidade do PMDB ter candidato próprio. "Pelo que sabe, o PMDB vai decidir na convenção por não ter candidato próprio. Ouvi isso de várias fontes. A convenção vai escolher entre Garotinho e coligações livres."

Mais politicamente correto, Alckmin não falou diretamente desse tema. "Não vamos ficar dependendo dessa questão. As coisas estão caminhando. Se o PMDB tiver candidato, vamos disputar com civilidade."

O governador de Sergipe, João Alves, também colocou panos quentes na discussão sobre as divergências nos Estados. "A questão local não é determinante. No meu entendimento, as ‘questiúnculas’ locais não podem ser decisivas."

Fonte: Folha Online

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