Secretaria de Saúde investiga morte de criança no Pilar

A Secretaria Executiva de Saúde (Sesau) está investigando a morte da menor Rosângela da Silva, de apenas um ano, ocorrida ontem, por volta das 10 horas, na Unidade de Emergência Armando Lages, no bairro do Trapiche.

Os pais da criança, Maria Cícera da Silva e Cláudio Augusto da Silva, afirmam que Rosângela teria passado mal alguns dias depois de ser vacinada no Posto de Saúde de Chã do Pilar, entrando em estado de coma na última segunda-feira e vindo a óbito ontem.

O corpo de Rosângela da Silva foi enterrado na manhã de hoje, no Cemitério Público de Pilar, sob clima de forte emoção e acusações por parte de familiares e amigos.

Embora a causa da morte da criança ainda esteja sendo investigada, é pouco provável que tenha relação com a vacina, segundo a avaliação da gente de Imunização da Secretaria Executiva de Saúde, Leila Moraes.

Segundo a gerente da Sesau, Rosângela tomou no último dia 18 de abril a quarta dose da vacina contra a Poliomielite e a quarta dose da Vacina Tríplice DTP Acelular e, segundo familiares, só apresentou sintomas de mal-estar cinco dias após a vacinação, em 23 de abril, o que segundo a técnica não é comum.

Leila afirmou que reações contra estas vacinas são mais freqüentes após o recebimento da primeira dose, e que o registro de reações após a quarta dose são raros na literatura médica.

Entretanto, por razão ainda desconhecida, Rosângela teria desenvolvido uma encefalite (inflação difusa do cérebro), além de ter sido constatado nos primeiros exames clínicos um vírus responsável pela formação de tumorações.

Leila Moraes destacou, ainda, que todo o protocolo exigido pelo Ministério da Saúde foi cumprido pela Secretaria Executiva de Saúde e que as amostras retiradas durante a necropsia do corpo de Rosângela serão enviadas, na próxima terça-feira, para a Fiocruz, onde serão submetidas a análises mais detalhadas.

“Todos entendemos a tragédia que se abateu sobre esta família mas é importante destacar que ainda não foi determinada a causa da morte de Rosângela e atribuí-la à vacina seria uma precipitação, além de prejudicar um dos programas mais sérios do Ministério da Saúde, que é o de imunização”, salientou Leila Moraes.

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