Policiamento é reforçado em Batalha

A disputa política, que causou dois assassinatos no último sábado, ainda provoca tensão no município de Batalha, a 187 quilômetros de Maceió. Nesta tarde, equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais chegam na cidade, que já tem a segurança reforçada pelo Pelotão de Operações Especiais, de Arapiraca.

De acordo com o delegado de Batalha, Fernando Lustosa, o efetivo de policiais também foi reforçado para ajudar nas buscas de Emanuel Boiadeiro. “Ele é o único indiciado pelo caso, até o momento, e já fizemos diligências em Arapiraca, Craíbas, Major Isidoro e em Batalha para prendê-lo”, afirmou o delegado.

Fernando Lustosa disse ainda que não gosta de trabalhar com hipóteses, para supor que o alvo do atentado seria o prefeito de Batalha, Paulo Dantas (PMDB), mas afirmou que qualquer um que estivesse no carro – a caminhonete S-10, de propriedade do prefeito – teria morrido.

Depoimentos

O delegado Fernando Lustosa preside o inquérito e começou a ouvir as testemunhas ontem. “Ouvi pessoas nesta madrugada e durante a manhã de hoje. Ainda temos mais cerca de 15 depoimentos, de parentes, testemunhas oculares e das brigas políticas entre as famílias”, explicou.

Antes de concluir os depoimentos, o delegado também aguarda o laudo da perícia do Instituto de Criminalística e os exames cadavéricos do Instituto Médico Legal.

Crime

Nesta manhã, Theobaldo Cavalcante, irmão de Samuel Theomar Bezerra Cavalcante, morto no duplo homicídio, esteve na Secretaria de Defesa Social onde fez denúncias e exigiu a apuração rigorosa do crime ao secretário Ronaldo dos Santos.

Segundo Theobaldo, seu irmão, Samuel, que é cunhado do prefeito Paulo Dantas (PMDB) e o sargento reformado da polícia Militar Edvaldo Joaquim de Matos, 62 anos, foram executados à queima-roupa com mais de dez tiros de pistola automática.

Theobaldo afirmou em seu depoimento – que não possui caráter oficial – que o principal alvo do atentado seria o prefeito Paulo Dantas e que os assassinos – Preto Boiadeiro, Emanuel Boiadeiro, Pé-de-Ferro e Chola, já foram atirando para o alto e anunciando que iriam matar as vítimas.

“Antes de matar meu irmão e o sargento Matos ele deram vários tiros para o alto. Tudo isto diante de uma viatura da Polícia Militar, que estava parada nas proximidades do local do crime com dois ocupantes, que não fizeram nada”, afirmou Theobaldo Cavalcante ao coronel Ronaldo dos Santos.

Leia também

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos