Fábrica inaugurada em Viçosa aumenta preço do produto em 230%

Com a fábrica, produtores conseguiram incremento de preço de 230%

A fábrica da Associação Artesanal dos Produtores de Palitos e Derivados do Bambu de Viçosa já apresenta bons resultados para os produtores – com a produção em embalagens próprias e as máquinas que dão velocidade à secagem do bambu e ao corte dos palitos, o produto beneficiado ganha preço: 230% a mais do que era vendido quando feito artesanalmente.

O coordenador estadual do Projeto Empreender, do Sebrae, Roberto Amaral, informa que os produtores vendiam os palitos, utilizados para a venda de churrasquinhos, por R$ 3,00 o milheiro: “Com a fábrica, os palitos são embalados em plástico com código de barra, o que facilita a comercialização, alcançando o preço de R$ 10,00 o milheiro”.

O presidente da Associação dos Paliteiros de Viçosa, Juvenal da Silva, disse que a viabilização da fábrica – inaugurada na quinta-feira – só foi possível graças à parceria realizada entre Banco do Nordeste, Prefeitura Municipal, Seagri Estadual e Municipal, Secretaria de Assistência Social, Sebrae, Associação Comercial de Viçosa e Cooperativa Pindorama. Ele lembra que os palitos eram secados nas calçadas e amarrados com ligas de dinheiro, o que foi condenado pela Vigilância Sanitária. Os produtores eram reféns dos atravessadores.

“A Cooperativa Pindorama e o Grupo Coringa nos ajudaram com a logística para comercialização. Um passo importante foi a aquisição da máquina para embalagem com o código de barras”, destaca Juvenal. Hoje, a Associação tem produção de 400 mil palitos por semana e já vende em Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Sergipe.

A agente de desenvolvimento da Agência Maceió-Centro do BNB, Francisca Lílian Rodrigues, ressalta que 50 famílias fazem parte da Associação, mas que, em todo o município, cerca de 400 pessoas vivem direta ou indiretamente da extração do bambu e da produção dos palitos.

“Além de financiar a Associação, o BNB também está articulando a formação de uma parceria com diversos órgãos como MDA, Seagri, Prefeitura Municipal, Associação Comercial de Viçosa, UFAL, Instituto do Bambu, IMA, IBAMA, Cooperativa Pindorama e a própria associação dos produtores de palitos de bambu de Viçosa. A idéia é tornar o negócio sustentável, por meio do reflorestamento do bambu nas matas ciliares do Rio Paraíba, que corta o município”, disse.

Pela parceria, a Prefeitura cederia espaço para plantação da espécie, o Instituto do Bambu entraria com a tecnologia e o fornecimento das mudas, o BNB com o financiamento necessário, o Sebrae com a capacitação, o IMA e o IBAMA com o estudo para viabilização ambiental do projeto, e cada parceiro com atribuições específicas para garantir emprego e renda no município, sem agressão ao meio ambiente.

Nesse sentido, o prefeito de Viçosa, Péricles Vasconcelos, já imagina o surgimento de um novo cartão-postal para o município: as margens do rio ladeadas por bambus. “Vamos afirmar Viçosa como destino turístico e pólo de produção e comercialização agropecuário”, comentou.

Fonte: Assessoria BNB

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