Mães de homossexuais pedem pela vida dos filhos na Parada Gay

A 6ª Parada da Diversidade Homossexual de Maceió terá uma novidade em sinal de protesto e luta dos homossexuais pelo fim da homofobia, que causa a grande parte dos assassinatos cometidos contra eles, em Alagoas.

Somente neste ano, 19 homossexuais morreram, alguns com requintes de crueldade, como a morte de Flávio dos Santos Vilela, 19, ocorrida no dia 14 de junho. Os assassinos do jovem apedrejaram e esfaquearam a vítima, que teve o corpo arrastado e jogado em uma vala, onde havia lixo e esgoto.

Em forma de protesto, a Parada Gay contará com o trio “Deixem nossos filhos viverem”, que levará as mães de homossexuais. “A minha mãe deve estar lá, é uma forma de assumir que não tem nada contra minha homossexualidade e de pedir pela minha vida.”, disse Dino Alves, secretário de Direitos Humanos do Grupo Gay de Alagoas, GGAL, e representante do Movimento Nacional de Direitos Humanos.

Dino Alves disse ainda que a Parada Gay terá a segurança da Polícia Militar, Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito, Superintendência Municipal de Controle e Convívio Urbano, Secretaria de Cultura e Fundação Municipal de Ação Cultural.

“Esperamos a participação de 40 a 60 mil pessoas e a principal atração é a luta contra o preconceito. A parada não é uma festa gay, mas uma forma de protesto para grupos da sociedade que ainda têm homofobia”, finalizou o integrante do GGAL.

O evento também é organizado pelo Pró-Vida, a Associação das Travestis, e está marcado para as 14h deste domingo, na praia da Avenida, em frente a empresa Tim. De lá, seguirá até o estacionamento no bairro de Jaraguá.

Com o tema “Orgulho sim; preconceito não!”, a parada terá Andréa Moraes, DJ Washington, DJ Bakana, Dani e banda Circuito, entre outras atrações.

De acordo com o presidente do Grupo Gay, José Carlos Mertthen, em Alagoas, a próxima Parada Gay será em Delmiro Gouveia, no dia 29, que será a primeira do Sertão. No dia 3 de setembro está marcada a parada de Coruripe; 17 de setembro em Viçosa e em novembro será realizada a última do ano, em Arapiraca.

Núcleo

Na última quarta-feira, uma reunião na sede da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas, formalizou a criação do Núcleo de Combate à Violência e Discriminação dos Homossexuais.

O grupo é gerenciado pelo secretário de Justiça e Defesa Social, coronel Ronaldo dos Santos, e conta com a participação de representantes da Polícia Civil, Polícia Militar, Ordem dos Advogados do Brasil – seccional Alagoas, Ministério Público, Grupo Gay de Alagoas (GGAL) e Pró-Vida, a Associação das Travestis.

O objetivo do núcleo é acompanhar a investigação dos casos envolvendo homossexuais que, neste ano, já superaram os registrados em todo o ano passado.

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