Oficina de auto-estima para menores detentas

O Núcleo Temático Identidade Negra na Escola, da Secretaria Executiva de Educação realiza amanhã, das 08 às 17 horas, o Projeto/Oficina: “A Educação na Rua da Inclusão”, com adolescentes que vivem em regime prisional na Unidade de Internação Feminina, do Núcleo Estadual de Atendimento Sócio-Educativo, situada à Avenida Durval de Góes Monteiro, Tabuleiro do Martins.

A unidade é a única no estado que responde pelo trabalho de ressocialização de adolescentes em regime de privação de liberdade. Atualmente a Unidade assiste 10 adolescentes. Desse total 99% é de etnia negra, possui baixa escolaridade,têm entre 15 e 19 anos, algumas cursam a 5ª série do ensino fundamental e são oriundas das grotas, favelas de Maceió e de cidades interioranas.

O Projeto/Oficina: “A Educação na Rua da Inclusão” surgiu em parceria com a Secretaria Especializada de Direitos Humanos e se propõe a construir junto às internas da Unidade de Internação Feminina, do Núcleo Estadual de Atendimento Sócio-Educativo, mecanismos de visibilidade para a vulnerabilidade de adolescentes em conflito com a lei, em sua grande maioria negra, subjugados à pobreza, aos espaços da rua, sujeitos à estrutura social hierárquica que cria um esfacelamento da sua auto-estima/imagem e principalmente algumas longe da escola- um espaço de direito de toda criança e jovem e também mobilizar, estimular a parceria da iniciativa privada em projetos que propiciem qualidade de vida e combatam as desigualdades sociais seculares que aprofundam o fosso das diferenças, impedindo o acesso de negros/negras e pobres aos espaços políticos, aos bens sociais, à produção de pensamento, a riqueza do Brasil miscigênico. Essa iniciativa surge com a participação efetiva do Restaurante Akuaba, O Boticário, Sococo, Editora Ática, Boutique da Fantasia, Bitway Informática e Companhia Teatral Mundo Paralelo.

A estratégia metodológica do projeto/oficina é criar um processo de participação induzida, animada e canalizada das meninas, para objetos de interesse formativo/identitário de gênero e de inclusão social, promovendo com isso, o desencadeamento de ações sistemáticas de sensibilização, estimulação e mobilização, a longo, médio e curto prazo, criando espaço para que elas repensem a única profissão que conhecem: a prática de crimes. A proposta da oficina traz em si a assertiva de que políticas públicas que visam tratar os desiguais de maneira igual não traz resultados equilibrados, portanto urge criar, revisar paradigmas na reconstrução de uma hierarquia social que coloca homens/mulheres independente da cor da pele no topo do respeito à sua condição de pessoas humanas e universais, portanto com direitos a ter direitos.

Fonte: Assessoria

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