Casal e Chesf ‘descobrem’ mancha no Rio São Francisco

Amostra da água foi colhida e resultado deve sair nesta sexta-feira (10).

Um sobrevoo de helicóptero realizado na manhã desta quinta-feira (09) por técnicos da Casal e da Chesf sobre o Rio São Francisco rendeu em uma descoberta que preocupa as duas empresas. Os técnicos notaram uma mancha negra nas águas do Velho Chico.

Radar 89/CortesiaMancha no Rio São Francisco

Mancha no Rio São Francisco

A mancha está pode ser notada entre o Rio do Sal, em Paulo Afonso (BA) Bahia e Monte Escuro (AL).

Os técnicos suspeitam que a origem da mancha tenha relação com a recente instalação de uma indústria na região. Uma amostra da água foi colhida e o resultado deve ser divulgado ainda nesta sexta-feira (10).

As duas companhias acreditam as recentes denúncias de coloração e odor na água potável de Delmiro Gouveia pode ter relação com o aparecimento da mancha, tema que por duas vezes – em duas semanas – foi pauta nesta agência de notícias.

Os oito municípios afetados tiveram o fornecimento de água suspenso mesmo antes da descoberta da mancha. Desde quarta-feira (08) o fornecimento foi suspenso e ontem as cidades começaram a ser abastecidas por meio de carros-pipa. Não há previsão para retorno do serviço.

De acordo com Companhia, a extensão afetada faz parte do Sistema de Captação Salgado que abrange as cidades de Água Branca, Canapi, Delmiro Gouveia, Inhapi, Mata Grande, Olho D’Água do Casado, Pariconha e Piranhas.

Moradores da cidade foram até o São Francisco e divulgaram um vídeo na internet relatando a presença da mancha nas água do Velho Chico.

IMA

O setor de monitoramento e fiscalização do Instituto do Meio Ambiente (IMA) acompanha o surgimento de manchas nas águas do rio São Francisco, na região do município de Delmiro Gouveia. Nesta sexta-feira (10) os técnicos vistoriam o local junto com uma equipe do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de Alagoas.

As primeiras informações dão conta de que as manchas teriam sido causadas pela liberação da água de fundo do reservatório e limpeza das turbinas do Complexo Apolônio Sales, da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), em Paulo Afonso (BA). Amostras coletadas pela Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) deverão ser analisadas pela equipe do IMA, o que poderá indicar do que se trata.

“Vamos solicitar também da Chesf um relatório circunstanciado, apresentando informações sobre a possível descarga da água de fundo. Sabemos que o Ibama é quem está monitorando a situação, mas Alagoas está sendo diretamente afetada”, comentou Ermi Ferrari, diretor de Monitoramento e Fiscalização.

A responsabilidade de acompanhamento do problema é do Ibama, por ser o órgão de licenciamento ambiental e monitoramento das atividades nas águas do rio. Entretanto, o IMA também deverá monitorar a situação devido aos impactos causados no estado de Alagoas e o recebimento de denúncias de moradores da região preocupados com os possíveis impactos, como o forte mal cheiro na região e a mortandade de peixes.

Segundo informações da Casal, oito municípios da região do semi-árido alagoano, que recebem água do sistema Salgado, estão sendo abastecidos através de carros-pipa por causa das manchas: Delmiro Gouveia, Água Branca, Pariconha, Inhapi, Mata Grande, Canapi e Olho D’Água do Casado e Piranhas.

Atualizada às 12h50

Fonte: *Com informações do Radar 89

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