Hospital nega assédio a funcionária que ingeriu veneno junto com filho de 3 anos

Agência AlagoasHospital Regional Dr. Clodolfo Rodrigues de Melo, em Santana do Ipanema

Hospital Regional Dr. Clodolfo Rodrigues de Melo, em Santana do Ipanema

A direção do Hospital Regional Dr. Clodoaldo Rodrigues de Melo, de Santana do Ipanema, emitiu nota à imprensa nesta sexta-feira, 17, negando assédio moral contra a técnica de enfermagem que trabalha na unidade de saúde que teria tentado contra a própria vida e do filho de apenas 3 anos ingerindo pesticida.

O hospital afirma que a funcionária recebeu assistência psiquiátrica, acompanhamento, além de licença médica de dois dias. Ainda de acordo com o hospital, após receber atendimento médico, a criança passa bem.

“Estamos na torcida e em oração pela imediata recuperação desta profissional, bem como, a superação dos problemas que infelizmente motivaram este caso. Por fim, o Hospital Regional Dr. Clodolfo Rodrigues de Melo e o IPAS condenam as ilações sobre a prática de “assédio moral” nas dependências desta unidade e reiteram o mais absoluto compromisso com a assistência de saúde ao povo sertanejo e alagoano porque a nossa missão é salvar vidas,” diz a nota.

O caso veio a público por meio do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Estado de Alagoas (Sateal), que denunciou pressão, perseguição e pouco caso da chefia que teriam levado a técnica a ingerir veneno. A técnica é lotada na unidade como instrumentadora cirúrgica e recentemente foi colocada para atuar na emergência da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) que funciona anexo ao Clodolfo Rodrigues.

 “Ela andava depressiva, chorava muito nos plantões, mostrava sinais claros que ficou abalada com a mudança para um ambiente de trabalho mais intenso na UPA. Ela falou com a coordenadora de enfermagem que não tinha condições de trabalhar, mas ninguém a afastou. Por conta da depressão ela chegou a assinar algumas advertências e o clima de perseguição ficava cada vez pior”, contou um dos colegas da técnica.

Para o presidente do Sateal, Mário Jorge Filho, o caso se configura como uma consequência do assédio moral vivido dentro do ambiente de trabalho. “Nós apuramos e até agora não temos informações de que ela possuía problemas pessoais. Os colegas relataram que ela estava apresentando um comportamento depressivo e mesmo assim a direção hospitalar não a afastou de suas funções, sendo desta forma omissa na prevenção de distúrbios deste tipo. Estamos acompanhando o caso e vamos cobrar providências”, disse.

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