MST inicia as ações em memória aos trabalhadores assassinados em Eldorado dos Carajás

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 Cerca de 120 famílias ocuparam a fazenda Flor da Serra, no município de Olho D’Água do Casado, na última quarta-feira (15). Com seus barracos de lona preta já erguidos, os Sem Terras questionam as terras improdutivas da fazenda, exigindo que a área seja destinada para a Reforma Agrária, assentando as famílias acampadas no Sertão.

Para a direção do MST na região, “cada ocupação que fazemos representa um passo para a distribuição de terras aqui no Sertão, possibilitando que novas famílias possam conquistar vida digna”.

A ocupação faz parte da Jornada Nacional de Lutas, onde milhares de trabalhadores e trabalhadoras rurais estão mobilizados no país, denunciando a paralisação da Reforma Agrária e em memória aos 21 Sem Terras assassinados no Massacre de Eldorado dos Carajás, caso que completa 19 anos.

Na tarde de ontem (16), um oficial de justiça do município de Piranhas esteve na ocupação, acompanhando pelo Pelotão de Operações Especiais – PELOPES, a mando da viúva do dito proprietário da fazendo, segundo o oficial, com a liminar de despejo expedida pelo juiz de Piranhas, Giovanni Alfredo de Oliveira Jatubá, sem o documento ter passado pela Vara Agrária.

Os trabalhadores afirmam que vão continuar na área. “Esse será mais um latifúndio conquistado que passará a ser parte do sonho de homens e mulheres que foram excluídos e oprimidos pelo histórico da concentração de terra e de riquezas”, destacou a direção dos Sem Terras.

Em Alagoas, soma-se à Jornada de Lutas a ocupação da empresa Águas do Nordeste, no município de Arapiraca, no Agreste do estado, onde na manhã do dia 15, os Sem Terra questionavam a distribuição e abastecimento da água na região, o bloqueio de rodovias em 4 municípios da Zona da Mata Alagoana, além do grande ato unificado na capital Maceió contra o PL 4330 e em defesa da classe trabalhadora.

Fonte: MST

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