Embalada por palmas ritmadas, Flavia mostra graciosidade e é ouro no solo

Ginasta de 15 anos e apenas 1,33m de altura empolga torcida no Ibirapuera e conquista título em sua primeira Copa do Mundo adulta

Thiago LavinasFlavia Saraiva é campeã do solo

Flavia Saraiva é campeã do solo

No mesmo ginásio onde Daiane dos Santos foi campeã da SuperFinal da Copa do Mundo em 2006, quando o sistema de som deu problema e a torcida bateu palma no ritmo da música, outra brasileira brilhou. A pequena Flavia Saraiva, ou Flavinha como já vem sendo chamada pelos torcedores, conquistou neste domingo a medalha de ouro no solo na Copa do Mundo de São Paulo. Desta vez, não precisou o áudio dar problema para a torcida entrar em ação. Bastou um pequeno desequilíbrio na segunda acrobacia (dupla e meia pirueta) para o público bater palmas no ritmo da música e erguer a moral da brasileira. No fim, nota de 13,625 e o título, deixando para trás a alemã Elizabeth Seitz (13,400) e Leah Griesser (13,325). Outra brasileira na prova, Lorrane Oliveira, sofreu uma queda e ficou em oitavo.

Era a primeira apresentação de solo em uma competição adulta internacional de Flavia. Ao som de Andre Rieu, a brasileira não começou bem. No início, uma aterrissagem falha que lhe tirou alguns décimos. Depois, saltos e piruetas quase perfeitos, até que na penúltima série, outro erro. Pisou fora do tablado no duplo carpado, foi punida e perdeu pontos. Ainda assim, continuou com sorriso no rosto e com a graciosidade que já conquistou o público. O ginásio “veio abaixo” ao término da apresentação da brasileira.

A angústia da nota durou pouco mais de um minuto. Neste período, a torcida ainda aplaudia e gritava o nome de Flavia e do Brasil, esperando a divulgação do resultado. Flavia aparecia no telão, calma, fazendo um coração com as mãos para todos que a viam no ginásio e pela TV. Quando foi divulgada a nota de 13,625, o sorriso tomou conta da jovem brasileira e o barulho no Ibirapuera foi ensurdecedor. No mínimo a prata estava garantida, pois ainda faltava a apresentação de Leah Griesser, da Alemanha.

Mesmo sabendo que a europeia podia “estragar” a festa brasileira, o público aplaudiu de pé a apresentação de Griesser. A alemã foi muito bem no tablado, mas não o suficiente para tirar o título de Flavia. Ficou com o bronze, 13,325.

O Brasil encerra a Copa do Mundo de São Paulo com nove medalhas. Foram três ouros (Arthur Zanetti nas argolas, Flavia Saraiva no solo, Angelo Assumpção no salto), quatro pratas (Henrique Flores nas argolas, Flavia na trave, Diego Hypolito no solo e Rebeca Andrade no salto) e dois bronzes (Chico Barretto nas barras paralelas e Diego no salto).

 

Fonte: Sportv

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