Educação se mobiliza à espera de reunião no próximo dia 13

Decreto de ilegalidade cobra R$ 10 mil por dia, mas categoria permanece em greve que já dura 13 dias.

João Urtiga/Alagoas24horasServidores da Educação se concentram na Praça Deodoro

Servidores da Educação se concentram na Praça Deodoro

Após o decreto de ilegalidade da greve da Educação do município, o Sindicato dos Trabalhadores da Educação em Alagoas (Sinteal-AL) realizou na manhã desta segunda-feira (4) nova mobilização na Praça Deodoro, no Centro, para informar à população que a greve continua apesar da ameaça da Justiça.

De acordo com a vice-presidente Célia Capistrano, mesmo com a paralisação, os professores garantem que as aulas serão repostas para os alunos. “Toda vez que tem greve a gente repõe, pois não podemos fechar o ano letivo sem os 200 dias de aula completos. Inclusive quem tá ilegal é quem faz as escolas estarem funcionando pela metade. Uma ou outra que ainda permanece funcionando fica somente até 10h por falta de merenda”, denuncia a vice-presidente.

Ainda para Celia Capistrano, nenhum avanço das negociações foi registrado nos últimos 13 dias de greve. Segundo a Prefeitura de Maceió, os sindicalistas assinaram um pacto e se comprometeram aguardar o final do quadrimestre para negociar os reajustes salariais da data-base exigidos pela classe.

“Infelizmente não há diálogo no sentido da conversa, pois nada avança. A greve foi decretada ilegal com a alegação de que nós tínhamos feito um pacto e nós não assinamos acordo nenhum. Recebemos sim uma ata, no último dia 11 do mês passado, em que o município solicitou isso, mas rejeitamos a proposta”, garante a vice-presidente.

A paralisação afeta 55 mil estudantes de 135 escolas da rede pública que estão sem aula. O pedido de ilegalidade aprovado pelo TJ-AL, por meio do desembargador James Magalhães Medeiros, considera a paralisação abusiva e aplica uma multa diária de R$ 10 mil.

Falta de merenda

“Houve a ilegalidade da greve, embora saibamos que quem está ilegal não é a categoria e sim a Prefeitura. Inclusive quem tá ilegal é quem faz as escolas estarem funcionando pela metade. Uma ou outra que ainda permanece fica em atividade somente até às 10h por falta de merenda”, diz a vice-presidente.

A alegação da vice-presidente é contestada pela Secretaria Municipal de Educação de Maceió (SEMED). De acordo com a assessoria, os repasses estão sendo feitos e mesmo quando houve atraso no repasse a Semed assegurou a merenda. A única anomalia seria não haver prestação de contas, o que acarretaria na suspensão do repasse.

As negociações com o Sinteal estão sendo comandadas pela Secretaria de Administração e Patrimônio. No próximo dia 13, haverá reunião para apresentação do fator de aumento que a prefeitura vai apresentar para educação.

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